ORÁCULOS E TERAPIAS

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ABETO

Nome Científico:
Abeto alba miller

Partes usadas:
Os brotos e a resina.

Família:
Pináceas.

Características:
Atinge até 50 m de altura. Produz pinhas que ao amadurecer liberam pinhões e escamas. É também conhecido como pinheiro-do-canadá.

Princípios Ativos:
óleo essencial (linoneno, alfa-pineno), glicocídeos e resinas (terebintina), dentre outros.

Propriedades:
 Revulsiva, balsâmicas, expectorantes, analgésica e anti-sépticas, especialmente das vias respiratórias.

Indicações:
Inalação ou ingestão de doses excessivas de terenbintina pode produzir irritação do sistema nervoso, sobretudo em crianças.

ABAJERÚ


Nome científico:
Chrysobalanus icaco L.

Família:
Chrysobalanaceae.

Sinônimos botânicos:
Chrysobalanus ellipticus Sol. ex Sabine, Chrysobalanus guianensis Klotzsch, Chrysobalanus icaco L., Chrysobalanus icaco var. ellipticus (Sol. ex Sabine) Hook. f., Chrysobalanus icaco var. genuinus Stehlé, M. Stehlé & Quentin, Chrysobalanus icaco var. pellocarpus (G. Mey.) Hook. f., Chrysobalanus interior Small, Chrysobalanus luteus Sabine, Chrysobalanus orbicularis Schumach., Chrysobalanus pellocarpus G. Mey., Chrysobalanus purpureus Mill., Chrysobalanus savannarum Britton, Prunus icaco Labat, Sorbus aucuparia L.

Outros nomes populares:
bajerú, guajerú, abajero, ajuru, ajuru-branco, ariu, cajuru, goajuru, guajiru, guajuru, oajuru.

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais:
ver abaixo.

Indicações:
blenorragia, crônica, diabete tipo 2, diarréia, leucorréia, reumatismo.

Parte utilizada:

Contra-indicações / cuidados:
ver abaixo.

Efeitos colaterais:
ver abaixo.

Modo de usar:

Algumas espécies do gênero:
Chrysobalanus

Outras informações:
Cientistas brasileiros isolaram nas folhas de um arbusto conhecido popularmente como abajerú (Chrysobalanus icaco) uma substância anticancerígena, o ácido pomólico, capaz de destruir diversos tipos de tumores. O composto surpreendeu os pesquisadores ao apresentar atividade também contra células cancerosas resistentes a múltiplas drogas, uma característica considerada rara pelos cientistas. O grupo da UFRJ considerou a descoberta tão promissora que decidiu patentear a substância. O composto acaba de ser registrado no Tratado de Cooperação de Patentes, acordo internacional que cobre 122 países. A UFRJ ficará com 70% dos recursos gerados, enquanto os 30% restantes serão divididos entre as cientistas. Os próximos passos da pesquisa incluem testes de toxicidade em camundongos e a síntese artificial do ácido, já que o processo de purificação a partir do abajeru produz pouca quantidade. Como essas etapas são caras, a idéia é estabelecer um acordo com uma indústria farmacêutica, melhor equipada para esse tipo de tarefa.
A atividade anticancerígena foi constatada em laboratório, em testes realizados com linhagens de células de tumores de mama, cérebro, pulmão, intestino, laringe e medula. 'O que mais chamou nossa atenção foi observar que a substância matava também linhagem de células de leucemia resistentes a múltiplas drogas', afirmou a pesquisadora Cerli Rocha Gattass, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas, que está coordenando os testes. Uma característica particularmente valiosa do ácido, só encontrada em um número muito reduzido de compostos, é sua capacidade de afetar células com resistência a múltiplas drogas (MDR), principal causa da falha de quimioterápicos. A resistência a quimioterápicos normalmente usados no combate à doença é um problema sério porque praticamente inviabiliza o tratamento. Segundo os cientistas, substâncias capazes de matar a célula doente e, ao mesmo tempo, driblar a resistência são muito raras. No Brasil, não há nenhuma patenteada.

Usado popularmente no tratamento da diabetes, o abajeru, encontrado em regiões tropicais da África e América do Sul, foi alvo do estudo da pesquisadora Maria Auxiliadora Kaplan e sua aluna de doutorado, Raquel Oliveira Castilho, do Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da UFRJ. A doutoranda isolou várias substâncias da planta, das quais três foram testadas para detectar atividade anticancerígena. O ácido pomólico foi o mais efetivo. "Ele atua induzindo a apoptose, a morte celular programada, nas células cancerosas", explica a biofísica Cerli Rocha Gattass, chefe do Laboratório de Imunoparasitologia da UFRJ, que coordenou os testes. A substância apresenta ainda uma baixa letalidade de células normais, apenas 12% a 14%, e requer uma menor dose para surtir o mesmo efeito de outros quimioterápicos, como a cisplatina. A maneira pela qual o ácido consegue evitar a MDR ainda não está esclarecida. A resistência funciona a partir de proteínas que atuam como bombas, expulsando os medicamentos para fora da célula e reduzindo sua efetividade. "O ácido pomólico surpreendeu porque conseguiu afetar células de um tipo de leucemia que expressa MDR -- uma das linhagens mais resistentes", revela a biomédica Vivian Rumjanek, chefe do Laboratório de Imunologia Tumoral e que também coordenou os testes. O próximo passo é testar o composto em camundongos. O grupo da UFRJ espera que a substância desperte o interesse de alguma indústria farmacêutica para que, um dia, possa ser transformada em remédio. Os testes preliminares não demonstraram toxicidade. 'Acreditamos que a substância tem um altíssimo potencial, tanto que investimos na patente', afirmou Cerli. 'Se tudo isso for confirmado, será de grande interesse para a indústria farmacêutica.' A substância foi isolada por Raquel Oliveira Castilho, no Laboratório de Produtos Naturais da UFRJ. Sua atividade foi analisada por Cerli, Vivian Rumjanek e Janaína Fernandes.

Origem:
O arbusto conhecido como abajeru é encontrado principalmente na África ocidental e nas áreas tropicais das Américas. Trata-se de planta que cresce essencialmente em regiões de restinga e é comum no Sudeste do Brasil. O abajeru é usado pela medicina popular no tratamento da diabetes, o que chamou a atenção dos pesquisadores para estudar seus compostos químicos. Coordenadora do grupo que analisa a atividade anticancerígena de uma substância isolada no abajeru, Cerli Gattass alerta, no entanto, que os cientistas estão testando um composto químico, extraído da planta em laboratório.

Cuidados:
Há um risco de tomar o chá dessa planta. Em primeiro lugar porque ela não produz apenas essa substância mas também outras que são tóxicas. Em segundo, porque esse composto não está presente no chá', afirmou. 'Ou seja, quem tomar o chá não vai estar tomando a substância. Não adiantaria nada.' Para a pesquisadora, a descoberta é importante por revelar o grande potencial da biodiversidade do país na produção de novos fármacos. Segundo a cientista, a planta, comum na América e na África Ocidental, já tinha um uso popular no tratamento do diabetes. Raquel de Oliveira Castilho, então estudante de doutorado no NPPN (Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da UFRJ), passou a estudar as propriedades dos extratos e das moléculas do abajeru. Com ajuda de Castilho, hoje na Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS), Gattass notou que a planta tinha um verdadeiro arsenal biológico: suas moléculas tiveram efeito positivo contra diabetes e também contra bactérias, contra os parasitas causadores da leishmaniose e da doença de Chagas e, finalmente, contra o câncer.

A molécula que apresentou a ação anticancerígena, ácido pomólico, era desconhecida, conta Gattass. "Só havia seis trabalhos na literatura [científica], que apenas diziam que ele estava presente na planta", afirma.

Com a ajuda da biomédica Vivian Rumjanek, também da UFRJ, a pesquisadora decidiu submeter o ácido a uma prova de fogo: o contato com linhagens de células de câncer resistentes a praticamente todo tipo de quimioterapia. No caso, os vilões celulares causam a chamada leucemia mielóide, um câncer das células sanguíneas. "Elas são selecionadas em laboratório para ficarem cada vez mais resistentes aos medicamentos, como ocorre no organismo de um paciente de verdade", explica Rumjanek.Por razões ainda pouco conhecidas pelos cientistas, esse tipo de célula tem, na sua membrana, proteínas que funcionam como uma bomba, ejetando continuamente qualquer substância nociva para fora da célula. "Acontece que o ácido pomólico matava a linhagem toda e ia muito bem, obrigado", brinca Gattass. O mesmo aconteceu quando a substância foi posta à prova contra cânceres de pulmão, mama, laringe, intestino e cérebro. Entre 70% e 90% das células cancerosas eram eliminadas. Como o ácido pomólico faz isso ainda não está claro. Estudos da estudante de doutorado Janaina Fernandes, orientada por Gattass, sugerem que a molécula gera uma pane nas mitocôndrias (usinas de energia das células). Segundo a biofísica, os efeitos do ácido em células normais são pequenos.

ABACAXI

Nome científico:
Ananas comosus (L.) Merr.

Família:
Bromeliaceae.

Sinônimo botânico:
Ananas ananas (L.) Voss, Ananas parguazensis L.A. Camargo & L.B. Sm., Ananas sativa Lindl., Ananassa sativa Lindl., Bromelia ananas L., Bromelia comosa L., Ananas sativus Schult. & Schult. F., Ananas lucidus Mill., Ananassa lucida Lindl., Ananassa bracamorensis Hort., Ananas erectifolius L.B. Sm., Ananas glaber Mill., Ananas mordilona Linden ex E. Morren, Ananas proliferus Hort. ex Baker, Ananas semiserratus (Willd.) Schult. F., Ananassa mordilona Linden, Ananassa semiserrata (Willd.) D. Dietr., Bromelia glabra Boerh. Ex Schult. F., Bromelia inermis Pers. Ex Steud., Bromelia lucida Willd., Bromelia semiserrata Willd., Bromelia subspinosa H.L. Wendl. Ex Schult. F.

Outros nomes populares:
abacaxizeiro, aberas, ananá, ananás-selvagem, ananás, ananaseiro, nanás, nanaseiro.

Nomes em outros idiomas:
pineapple (ing); ananás e piña (esp); ananas (fr alem.); abacascì e ananasso Del Brasile (ital.),

Constituintes químicos:
bromelina, cinarina, triterpenos, saponinas, flavonóides, Glicosídeos, sacarídeos, taninos e mucilagens. Cada 100 gramas de polpa do fruto contém 52 calorias, 0,4 gramas de proteínas, 0,4 gramas de fibras, 18 mg de cálcio, 8 mg de fósforo, 0,5 mg de ferro, 0,08 mg de vitamina B1, 0,02 mg de vitamina B2, 0,20 mg de niacina e 33,46 de vitamina C.

Propriedades medicinais:
adstringente, anti-séptica, despigmentadora, digestiva, diurético, expectorante, lipolítica, regeneradora celular, rejuvenescedora.

Parte utilizada:
folhas, frutos (bagos) maduros, casca.

Contra-indicações / cuidados:
evitar o contato com os olhos, pois pode causar ardor e irritação. Não usar se estiver grávida nem em caso de úlcera gástrica.

Efeitos colaterais:
não encontrados na literatura consultada.

Informações complementares:
O abacaxizeiro é uma planta herbácea perene da família Bromeliácea, quase sem caule, com folhas estreitas, compridas e resistentes, margeadas por espinhos e dispostas em rosetas. Ao longo de um ramo, medindo cerca de 30 a 35 cm de altura, nascem as flores, nas cores lilás, arroxeada e vermelha.
Cada planta produz um único fruto, de aroma intenso e sabor inconfundível que se forma a partir do eixo florífero. Ao seu redor surgem diversas bagas de formato poligonal, salientes e carnosas. Esse eixo termina, na parte superior, com uma coroa de folhas pequenas.

Indicações:
 acidez estomacal, afecções das vias respiratórias, afecções da pele, azia, bronquite, estômago, gases, litíase, catarro mucoso das vias respiratórias, inflamação, neurastenia, tosse catarral; como esfoliante enzimático para ativar a circulação do corpo e promover a drenagem linfática; máscaras de tratamento para alisar cabelos crespos; peles oleosas e acnéicas; eliminação de manchas e sardas; celulite e gordura localizada.Origem:É uma planta de clima tropical e subtropical.

Quanto ao solo, pode ser instalado em qualquer tipo de solo, com exceção dos solos encharcados, sendo recomendados solos leves e com pH entre 4,5 e 5,5, pois valores mais altos podem limitar a disponibilidade de alguns micronutrientes (zinco, cobre, ferro e manganês) e contribuir para o desenvolvimento de microorganismos prejudiciais, como os fungos.

Modo de usar:
purê ou suco:
peles oleosas e acnéicas;

loções e compressas:
 auxiliar no tratamento de inflamações do rosto;

máscara facial:
ajudar na regeneração dos tecidos, eliminação de manchas e sardas;

ingerido:
afecções das vias respiratórias e da pele, bronquite e acidez estomacal, diurético brando, vermífugo, calmante da tosse e expectorante;
- é usado em cremes, géis e óleos de massagem para combater a celulite e gordura localizada;
- como esfoliante enzimático para ativar a circulação do corpo e promover a drenagem linfática;
- máscaras de tratamento para alisar cabelos crespos;
- as bromelinas, enzimas contidas nos frutos, na fabricação de pílulas para inflamação de tecidos;
- sucos da casca: doenças respiratórias.
- extrato: quantidade que contenha 80 mg de bromelina, tres vezes ao dia.

Na culinária, o suco de abacaxi é empregado no preparo de carnes, pois a bromelina, contida no suco, tem o poder de amacia-las.

Alternativas naturais:
 1- Digestivo - lave e descasque o fruto. Ferva as cascas em 1 litro de água até que amoleçam. Coe, deixe esfriar e guarde na geladeira. Tome à vontade após as refeições.

2 - Máscara Rejuvenescedora - com uma colher de pau, bata 2 colheres (de sopa) de abacaxi moído, 2 colheres (de sopa) de farinha de arroz e 1 colher (de sopa) de farinha de trigo, até que a mistura adquira consistência homogênea. Aplique-a sobre o rosto limpo, evitando a região dos olhos. Deixe agir por 20 min e retire-a com água morna abundante.

Algumas especies do genero:
Ananas

ABACATE



Nome científico:
Persea americana Mill.


Família:
Lauraceae.


Sinônimos botânicos:
Laurus persea L., Persea americana var. angustifolia Miranda, Persea americana var. drymifolia (Schltdl. & Cham.) S.F. Blake, Persea americana var. nubigena (L.O. Williams) L.E. Kopp, Persea drymifolia Schltdl. & Cham., Persea edulis Raf. (nome ilegal), Persea floccosa Mez, Persea gigantea L.O. Williams, Persea gratissima Gaertn. (nome ilegal), Persea gratissima var. drimyfolia (Schltdl. & Cham.) Mez, Persea gratissima var. macrophylla Meisn., Persea gratissima var. oblonga Meisn., Persea gratissima var. praecox Nees, Persea gratissima var. vulgaris Meisn., Persea leiogyna Blake, Persea nubigena L.O. Williams, Persea paucitriplinervia Lundell, Persea persea (L.) Cockerell (nome inválido), Persea steyermarkii C.K. Allen.Persea americana C. Bauh


Outros nomes populares:
abacado, abacateiro;


Nome em outros idiomas:

aguacate (esperanto); palta; bego; avocado, west indian avocado, ashue (ing); avocat, zabelbok (fr); avvocato (ital.); avocado (alem.).


Constituintes químicos:
tanino; metil-eugenol; abacatina (princípio amargo); dopamina; quercitna; perseitol; proteínas; mucilagens; óleo essencial; flavonóides; estragol; anetol; possui quantidades variáveis de matéria insaponificável (máx. 2%); hidrocarbonetos, ácidos voláteis, esteróis (sitosterol, campesterol), aminoácidos; vitaminas (A, B, D, E, G) e lecitina. É rico em potássio, cálcio, fósforo e ferro. Abscisina (sementes).



Fruto:
20 a 25% de óleo, além de: ácidos graxos, hidratos de carbono, substâncias minerais, proteínas, ácido acético, ácido málico, carboidratos, dopamina, esparagina, metil-eugenol, d-perseitol, taninos e vitamina E.


Propriedades medicinais:
adstringente, afrodisíaca, antianêmica, antidiarréico, anti-helmíntico, antiidade, antiinflamatória, anti-reumática, antioxidante, anti-séptico das vias respiratórias, anti-sifílica, antitênia, antiuricêmico, balsâmica, carminativa, cicatrizante, colagoga, colerética, depurativo, digestiva, diurético, emenagoga, emoliente, estomáquica, rejuvenescedora, tônica capilar, umectante, vermífuga, vulneraria.


Indicações:

Rico em vitaminas e proteínas, é diurético, cicatrizante, abscessos, ácido úrico, afecções hepáticas, aftas, anemia, amidalite, artritismo, indisposição, infecções da bexiga, bronquite, cansaço, caspa, cefaléia, cistites, cólica histérica, diarréia, disenterias, dispepsia, distúrbios da digestão, diurético, dor de barriga, dor de cabeça, eczemas do couro cabeludo, edemas, eructações, estomatite, estresse, febre intermitente, flatulência, gases intestinais, gota, hepatite, hipertensão, inchaço dos pés, indigestão, inflamações dos dedos, nevralgia do trigêmeo, nutritivo, panarícios, queda de cabelo, reumatismo, infecções dos rins, rouquidão, secreções catarrais, sífilis, tosse, tuberculose, uremia, uretrites, varizes, verminoses, vesícula biliar, vias respiratórias, vias urinárias, regularizar o fluxo menstrual, ativar a excreção biliar, liberar a menstruação. A massa do abacate é fortificante dos cabelos e tem alto poder cicratizante.


Parte utilizada:
folha, fruto, semente, óleo, botões florais. As folhas devem ser usadas secas porque as verdes causam palpitações cardíacas.


Contra-indicações/cuidados:
A polpa é muito rica em calorias e deve ser evitada por quem faz dieta para perder peso. Já para atletas e malhadores de academias, desde de que orientados, é uma boa fonte de energia, substituindo com larga vantagem as mortais e venenosas margarinas e manteigas.


Uso culinário:
 Com a polpa, azeite de oliva e iogurte natural desnatado e uma pitada de sal marinho iodado se faz um delicioso e nutritivo creme que pode ser usado no lugar da manteiga, margarina e maionese industrializada.
Sem contra-indicações ao uso externo.


Efeitos colaterais:
não encontrados na literatura consultada.


Informações complementares:
- O fruto (polpa) e o caroço (semente) devem ser consumidos ainda frescos, podendo ficar na geladeira por algum tempo. A folha pode ser usada verde ou seca em geral para fazer chá.
- O chá da folha do abacateiro é diurético e carminativo (elimina gases intestinais) e ajuda a vesícula a liberar a bile, melhorando a digestão das gorduras. Evite tomar grandes quantidades diárias do chá (mais de 2 xícaras/dia), pois sendo diurético pode reduzir muita a pressão arterial em pessoas que tenham essa doença.
Sendo diurético também procure tomar pela manhã e no máximo até 17 horas.
- O caroço (semente) tostado e moído bem fino combate a diarréia e a disenteria.
- A polpa do abacate é considerada afrodisíaca. Já no caroço (semente) concentra-se parte do poder de aumentar a libido.
A polpa pode ser consumida com mel ou melaço de cana (use pouco) e recomendo evitar o uso de qualquer tipo de açúcar, seja o branco, invertido, demerado ou mascavo. Pode ser misturado com iogurte e outros alimentos.
A polpa é muito rica em nutrientes, vitaminas, sais minerais, antioxidantes e principalmente gordura boa. Suas gorduras são parecidas com as do azeite de oliva e seu teor de colesterol é irrisório ao contrário do que muita gente pensa. É boa para o coração e vasos.
O abacate escurece por ação do oxigênio do ar sobre os nutrientes contidos na polpa produzindo radicais livres. Assim acontece com a banana, a maçã, batata e outros vegetais depois de cortados quando perdem a proteção da casca que funciona como uma roupa protetora. Para evitar o escurecimento da polpa passe um pouco de limão, rico em vitamina C, que tem ação anti-radicais livres.
- As cascas são ricas em fitonutrientes que protegem as plantas contra a ação dos radicais livres. É por isso que deve-se comer a casca de algumas verduras e frutas. Com isso estamos consumindo seus nutrientes que também nos protege.
Mas existe um cuidado a ser tomado. Algumas frutas como o morango - um dos mais ricos em nutrientes, ao serem cultivados recebem uma carga muito grande de herbicidas que se acumulam exatamente na casca. Outros alimentos também tratados com muito herbicida são o tomate e a batata do reino.
Procure comprar em feiras onde se vendem produtos sem uso de agrotóxicos e de boa procedência.
Do ponto de vista prático seu uso mais freqüente em fitoterapia é como chá diurético.



Afrodisíaco:
O macerado do caroço (sem a folha, nem cânfora) preparado com vinho branco ou álcool de cereais para se obter um extrato também é usado como afrodisíaco. Deixar em infusão durante pelo menos 20 dias (quanto mais tempo melhor) em frasco de vidro escuro, protegido da luz. Procure agitar pelos menos uma vez ao dia. Depois de pronto pode-se tomar um cálice/dia.



Creme amaciante para face ou mãos: 
Polpa do fruto maduro, mel de abelha. Amasse, faça uma massa cremosa (1/4 da polpa, 1 colher de sopa de mel de abelha). Aplique e deixe cerca de 30 a 40 minutos. Retire com água fria. Use pelo menos duas vezes por semana.

Dores de cabeça reumáticas e contusões:

A folha e a semente picadas colocadas em repouso durante pelo menos 5 dias combate dores de cabeça, reumáticas e contusões. 


Infusão:
 1 colher picada de folha, outra de semente ralada, 1 xícara de álcool de cereais a 60%, 1 pedra de cânfora; aplicar nas partes doloridas com chumaço de algodão. Essa infusão não deve ser bebida, é para uso tópico no local afetado.


Modo de usar:

Uso interno:


- infusão: 50g de folhas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 a 4 vezes ao dia.
- infusão: 1 colher (sopa) de folhas ou flores picadas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras(chá) por dia. Tomar morno;
- brotos, por infusão: indigestão, libera a menstruação;
- caroço raspado: disenteria, depurativo;
- caroço, por infusão: anti-helmíntico;
- infusão das folhas secas: diurético, doenças renais, hepáticas e da bexiga, artritismo, gota e ácido úrico, ativar a excreção biliar, regularizar o fluxo menstrual, carminativa e antiséptico das vias respiratórias, nevralgias do Trigêmeo, antinflamatória, digestiva, doenças renais.
- extrato fluido: 2 a 10mL por dia;
- extrato seco: 1g ao dia;
- fruto in natura: obstipação intestinal, diurético, elimina cálculos renais, contra artritismo e contém muitas vitaminas.
- pó do caroço, diluido em água: dor de barriga, varizes.

Uso externo:
- decocção da semente ralada: compressas locais, várias vezes ao dia: antiinflamatória;
- caroço ralado e posto em álcool: fricções (contra reumatismo).


Algumas espécies do gênero:
Persea.