ORÁCULOS E TERAPIAS

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ALCAÇUZ DA TERRA


Nome científico; Periandra mediterranea (Vell.) Taub.

Família;Fabaceae.

Sinônimos botânicos;Glycyrrhiza mediterranea Vell., Periandra angulata Benth., Periandra angustifolia Benth., Periandra dulcis Mart. ex Benth.

Outros nomes populares: alcaçuz-da-terra, alcaçuz-do-cerrado, raiz-doce, cipó-em-pau-doce, alcaçuz-do-brasil, uruçuhuê.

Constituintes químicos:glicirrizina e saponinas triterpenicas.

Propriedades medicinais:
adoçante, antialérgico, antidepressiva, antiinflamatório, anti-séptico, antitússico, demulcente, descongestionante das vias respiratórias, desintoxicante (estricnina), diurético, espasmódico, expectorante, hepatoprotetor, laxante (suave), resolutivo, tônico pulmonar


Indicações:
afecção (brônquica, pulmonar, vias urinárias), asma, bronquite, catarro (crônico), defluxo, diabete, dispnéia, doença de Addison, dor de garganta, erisipela, espasmos musculares, estômago, evitar a cárie dentária, expectoração, fígado, impedir o desenvolvimento de bactérias e do tártaro dos dentes, inflamação do ventre (sobretudo nas crianças), inibir a libertação de histamina, náuseas, rouquidão, tabagismo, tosse, úlcera gástrica e pépticas.


Parte utilizada: raiz.

Contra-indicações / cuidados: altas doses por longos períodos de tempo causa hipertensão arterial. Em pequenas doses não tem problema. Contra-indicada para diabéticos

Efeitos colaterais:

Modo de usar:- infusão de 6 colheres de sopa da raiz em 1 litro de água, em compressas: acalmar conjuntivite aguda; em bochechos: inflamações bucais;
- raiz seca, em pó, 100 gs em um pouco de água e misturar mais 20 gs de erva doce moída. Tomar uma colher de sobremesa à noite: regulador intestinal;
- decocção de 2 colheres de sopa de raiz moída para 1 litro de água, fervendo por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia sem açúcar. Para crianças reduzir a quantidade de erva para 1/3.


Algumas espécies do gênero:Periandra.

ALCAÇUZ

Nome científico; Glycyrrhiza glabra L

Família;
Fabaceae

Sinônimos botânicos;Glycyrrhiza glabra subsp. glandulifera (Waldst. & Kit.) Ponert, Glycyrrhiza glabra var. caduca X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. glandulosa X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. laxifoliolata X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. violacea (Boiss. & Noë) Boiss., Glycyrrhiza glandulifera Waldst. & Kit., Glycyrrhiza hirsuta Pall., Glycyrrhiza violacea Boiss. & Noë

Outros nomes populares:
glicirriza, salsa, regoliz, regaliz, pau-doce, raiz-doce, alcaçus, alcaçuz-da-europa, alcaçuz-glabro, madeira-doce.


Nomes em outros idiomas:Espanhol: Regaliz e orozus
Alemão: deutsches Süssholz
Inglês: Licorice
Italiano: liquirizia comune


Parte usada:Raiz

Propriedades medicinais:
antiespasmódica, antiinflamatória antihistamínico,, antimicrobiana, antioxidante, antitóxica, anti-séptica, antitumoral, antiúlcera, aromática, diurética, emoliente, expectorante, laxante, regulador hormonal, refrescante, tônica.


Indicações abscesso, bronquites, catarro, catarro da bexiga, conjuntivite, desequilíbrios hormonais, dificuldades de urinar, espasmo, estimular a secreção de hormônios pelo córtex adrenal, feridas, furúnculos, gota, inflamação, inflamação bucal, pedra e cálculo, prisão de ventre, resfriado, rouquidão, tosses catarrais, transtornos biliares, tumor, úlceras gástricas, vesícula, vias urinárias.

Constituintes químicos:
ácido glicirretínico, ácido glicirrízico, ácido uralênico, amido, cumarinas, enzimas, fitoesteróis, glicirrizina, glicosídeos, goma, isoliquiritigenina, isoliquiritina, licoricona, liquiritigenina, liquiritina, óleo essencial, polissacarídeos, sacarídeos, saponinas, sucrose, taninos, triterpenos


OrigemEuropa meridional e Oriente. O uso medicinal do alcaçuz é datado dos povos antigos do Egito, relatado em seus papiros.

Uso medicinalA complicada composição química do alcaçuz dá a ele um largo espectro de propriedades. Centenas de estudos já comprovaram sua ação no tratamento de doenças do fígado, supra-renais, desequilíbrios hormonais e úlceras pépticas.
Na China, onde é uma das ervas mais utilizadas, é indicado para o baço, rins e proteger o fígado de doenças. No Japão um preparado de alcaçuz é utilizado para tratar a hepatite. Estudos mostram que o uso do alcaçuz ajuda o fígado a combater as toxinas produzidas pela difteria, tétano, cocaína e estriquinina e também aumenta a estocagem de glicogênio.
Uma outra ação é de estimular as supra-renais. Muitos estudos comparam sua ação com a hidrocortisona, mas sem seus efeitos colaterais. Como a cortisona, diminui as inflamações e alivia sintomas de artrite e alergias, daí seu efeito anti-histamínico. A raiz possui glicirrizina (cinquenta vezes mais doce que a sacarose), que favorece a formação de hormônio como a hidrocortisona. Mulheres com ciclos menstruais irregulares tratadas com alcaçuz normalizam seus ciclos, pelo equilíbrio hormonal que o tratamento promove.
O alcaçuz também é utilizado para tratamento de úlceras. Seu uso cobre o estômago como um gel protetor, além de diminuir a acidez estomacal e reduzir os espasmos intestinais. O alcaçuz também combate irritações na garganta e congestão nos pulmões, sendo um expectorante. Estudos na Índia comprovaram o uso do alcaçuz para combater conjuntivites.
O alcaçuz é ligeiramente laxante. O suco evaporado, purificado e engrossado é abundantemente utilizado em farmacologia como coadjuvante aromático e elástico para pastilhas.


Dosagem indicadaMau-hálito, tosse
Vinho medicinal: colocar em infusão, por 10 dias em um litro de bom vinho branco, 120 g de raízes de alcaçuz esmagadas, 60 g de sementes de anis e 60g de sementes de funcho. Filtrar o vinho e tomar 6 colheres ao dia. Este vinho serve também para fazer bochechos, especialmente quando o mau-hálito é persistente. Também é eficaz contra tosse nesta dose
Inflamações das gengivas e boca:
Decocção 1: ferver por 3 minutos 300g de alcaçuz em 1 litro e meio de água e, após meia hora, filtrar o líquido morno e empregá-lo em bochechos e gargarejos freqüentes.
Decocção 2: ferver por 10 minutos em 1 litro de água, 20g de raízes e ramos de alcaçuz, 40g de eucalipto, 10g de segurelha. Deixe o líquido repousar por meia hora e depois filtrá-lo, empregando-o para bochechos e gargarejos freqüentes.
Depurativo, eczema:
Decocção: cozinhar lentamente por uma hora em 3litros de água, 15g de raízes de alcaçuz, 20g de raízes de genciana, 20 g de raízes de salsaparrilha, 50g de raízes de bardana, 50g de raízes de gramínea, 150g de raízes de dente-de-leão. Quando o líquido estiver frio, filtrá-lo e tomar uma xícara pela manhã em jejum, outra no meio da tarde e outra à noite, antes de deitar-se.
Prisão de ventre
Infusão: misturar 50g de raízes de alcaçuz em pó, 50g de folhas de sene em pó, 30g de folhas de funcho em pó, 20g de folhas de zolfo em pó. Verter uma colherinha desta mistura em um pouco de água morna, deixar repousar por alguns minutos, remisturar e beber. Ingerida à noite ao deitar.
Úlcera do duodeno:
Decocção: verter em um litro de água 100g de alcaçuz e 100g de hipérico. Ferver tudo por 5 minutos, deixar repousar meia hora e filtrar. Tomar 1 xícara pela manhã em jejum e uma xícara após as refeições principais.
Acalmar tosse e acessos de bronquite:
Balas de alcaçuz: dissolver 500g de alcaçuz em meio litro de água, adicionar 250g de goma arábica, 150g de açúcar e levar ao fogo. Deixe cozinhar até a mistura adquirir a consistência de massa ou pasta, espalhando-a então sobre uma superfície de mármore previamente untada. Depois de fria corta-se a massa com uma tesoura, em pequenos pedaços.


Contra-indicações O emprego de altas doses de alcaçuz pode reter sódio e eliminar potássio, retendo líquidos, causando aumento de pressão sanguínea e dores de cabeça. Portanto usa-se com cuidado em hipertensos. Extratos concentrados em laxantes podem agravar perda de potássio quando o uso é diário e prolongado. Evitar uso em grávidas(mesmo banhos ou massagem), gestantes nutrizes, hipertensos com glaucoma, e doentes renais.

Uso culinárioÉ um flavorizante de doces, licores, sorvetes, gomas por ser a gilicirrizina 50 vezes mais doce que a sacarose, além de enriquecer o sabor do cacau. Aumenta também a quantidade de espuma nas cervejas.

Algumas espécies do gênero: Glycyrrhiza.

ALCACHOFRA


Nome científico:
Cynara scolymus L.


Família:
Compostas


Sinonímia popular:
Alcachofra-hortense, cachofra


Nomes em outros idiomas:
Francês: artichaut
Inglês: artichoke
Italiano: carciofo
Alemão: artischocke
Espanhol: alcachofera


Parte usada:
Folhas, brácteas (cabeça), raízes


Propriedades terapêuticas:Antiesclerótico, digestiva

Princípios ativos:Cinarina(amargo cristalizável), Ácido cafeico, Pigmentos, Flavonóides(luteol), Glicosídeos, Cinarosídeos, Cinaropectina, Taninos, Mucilagens, Pró vitamina A, Vitamina C, Enzimas

Indicações terapêuticas:Psoríase, doenças das vias biliares e hepáticas, diabetes, icterícia, eczemas, erupções cutâneas, anemia, escorbuto, raquitismo, colesterol, hemorróidas, prostatite, uretrite, bronquite asmática, debilidade cardíaca, hepatite, colecistite

Origem:Planta européia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da Europa, na Ásia menor e ainda na América do Sul, principalmente no Brasil.

Uso medicinal:O suco fresco é utilizado externamente para tratar eczemas e erupções cutâneas. O consumo da cabeça de alcachofra é excelente para quem sofre de anemia, pois é uma fonte muito rica em ferro. Por ter ação digestiva, auxilia também na prisão de ventre. Combate o escorbuto e o raquitismo pelo conteúdo de suas vitaminas.
É portadora da enzima cinerase, que coagula o leite na fabricação de queijos. Possui como matérias minerais: cal, ácido silícico, óxido de ferro, cloreto de sódio, magnésio e ácido fosfórico, para aliviar os males gástricos e renais, diminuir o colesterol; grande auxiliar nos regimes de emagrecimento e no tratamento de hipertensão.
Considerada afrodisíaca e tônica.
Raiz e semente: combatem os corrimentos vaginais e os sangramentos em geral.
A alcachofra é um forte diurético e eliminador do ácido úrico. Atuando contra as perturbações digestivas e na má assimilação ocorridas em função de distúrbios hepáticos provocados pelo álcool e pelo impaludismo. Os resultados são muito bons em nefrites (inflamação dos rins. A casca da babosa em uso interno e em excesso provoca nefrite), e nos casos que necessitam de aumento da secreção biliar.
A água destilada de suas folhas, aplicadas nos cabelos, fortalece-os.
Emprego: recomendado nas doenças do fígado, vesícula biliar, colédoco e em todas as doenças dos órgãos do aparelho digestivo. Também são de grande utilidade nas alterações do metabolismo originadas por enfraquecimento ou insuficiência das funções renais. O alto teor de manganês apresenta utilizações dietéticas. Por isso é útil quando for necessária uma ativação dos fermentos, nas alterações do metabolismo celular e nos sintomas de deficiência da vitamina B (para quem é alcoólatra, ou bebe demasiadamente bebida alcoólica).
O preparo: suco fresco, infusão ou como saladas e legumes.
O chá das folhas da base da planta colhidas antes da floração é tônico, reconstituinte, curativo das afecções do fígado, da bílis, estômago, rins e bexiga.
Indicado para hipertensão, diabetes, tireóide, asma, pulmões, arteriosclerose e colesterol.
Uso: Colher as folhas e secar na sombra durante 8 dias. Com uma pequena parte fazer um copo de chá. Tomar 3 copos por semana durante três semanas. Intercalar 2 semanas.
Colagogos.


Dosagem indicadaEstimulante (hepático, vesicular e venal); artérias endurecidas; colesterol; diurético:
Coloque 1 colher (sopa) de folhas fatiadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 2 ou 3 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas fatiadas em xícara de álcool de cereais a 70%. Deixe em repouso por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluído em um pouco de água, antes das principais refeições.
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Inflamações rebeldes, anemia: Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente aferventadas(cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas semanas.
Nefrite: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.
Diabetes: Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.
Bronquite asmática: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.
Hemorróidas, prostatite e uretrite: Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.
Debilidade cardíaca: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.
Hepatite, colecistite, arterioesclerose: Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.
Diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.


Uso culinário Lave muito bem 1 cabeça de alcachofra, coloque em água suficiente para cozinhar adicionando 1 folha de louro. Deve ser consumida ao dente, isto é, nem moles nem duras.

Contra-indicações: 
Contra-indicado para alérgicos à alcachofra, quando há obstrução do canal biliar, gestantes e em fase de amamentação e pessoas que possuam fermentação intestinal.


Efeitos colaterais;
Não são conhecidos


Informações complementares: 
Alcachofra utilizado na fitoterapia por sua atividade no sistema hepatobiliar e metabólico simultaneamente. Ainda, segundo estudos farmacológicos pré-clínicos e clínicos, a alcachofra possui ação antioxidante, diurética, colerética, colagoga, hepatoprotetora e redutora do colesterol. A alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura originária da região do mediterrâneo, a qual tem seu extrato utilizado desde o século XVI. Hoje em dia, a utilização da alcachofra como fitoterápico é difundida globalmente. A alcachofra tem vários nutrientes e princípios ativos, sendo que os principais são ácido caféico, flavonóides, glicosídios, cinarina, pró-vitamina A, vitamina C, mucilagens e taninos.
Todos os medicamentos, inclusive os fitoterápicos, devem ser usados com orientação médica.
Higienizador do fígado e vesícula. Estimula o metabolismo das gorduras no sentido da queima e da eliminação; por isso o uso da injeção localizada do extrato de alcachofra para obesidade.
Fonte: Dálmio Moraes - Farmacêutico. Reportagem TVE. Programa Corpore Sano. Porto Alegre - RS.
(injeção localizada do extrato de alcachofra é indicado - OBS: O Jornal Hoje; Rede Globo 25/11/2004, salientou que este processo ainda não está cientificamente comprovado e que por este motivo, conforme epecialistas, a injeção localizada não teria efeitos sobre a gordura. Apresentou também pessoas que usaram a injeção e não obtiveram efeitos desejados - se você possui alguma experiência sobre o assunto envie para ser publicado nesta página e-mail)
Substâncias encontradas: inulina, açúcares, tanino e os fermentos inulase, invertase, coalho e cinarina (ácido di-cafeilquínico).
Vitaminas: A, B1, B2 e C.
Minerais: potássio, cálcio, magnésio e manganês (20 mg % ; a maior percentagem dentre todos os legumes e frutas até aqui pesquisados). 100g de alcachofra apresenta uma média de 50 calorias.
Ação: redutora da taxa de uréia e do colesterol do sangue, diurética, laxativa, depurativa, regulador de funções hepáticas na formação de bílis (colerético) e as funções antitóxicas. Também regula e facilita a saída de bílis (colagogo); regula sua formação. Ajuda nas alterações originadas por estases hepáticas, como pressões e dor no ventre, vômitos, enjôos, flatulência, vertigens, alterações intestinais (diarréia, prisão de ventre, atonia) e prurido retal. Exerce uma ação reguladora sobre os rins, devido a maior eliminação da água e das substâncias de refugo. Exerce um efeito protetor contra a arteriosclerose. 

ALAMANDA_DE_JACOBINA


Nome científico; Allamanda blanchetti A. DC

Família;Apocynaceae

Sinônimos botânicos;
Allamanda violaceae Gardn

Outros nomes populares;
alamanda-de-blanchet, alamanda-cheirosa, alamanda-roxa, emeto, orelia, rosa-do-campo.

Constituintes químicos:glicosídeo cardiotóxico.

Propriedades medicinais:aromática, laxante, catártica, antiespasmódica, purgativa.

Indicações: espasmo, icterícia.

Parte utilizada:Seiva de árvore

Contra-indicações / cuidados:

Efeitos colaterais:em caso de intoxicação: náusea, cãimbras de estômago, elevação da temperatura, sede, erupção da pele. Fazer lavagem gástrica por pessoal experiente, tendo em conta as propriedades cáusticas do vegetal. As manifestações gastrintestinais exigem apenas tratamento sintomático, complementado por correção adequada dos distúrbios hidroeletrolíticos, que são complicações relativamente frequentes.

Modo de usar: Usar só sob prescrição e acompanhamento médico.

Algumas espécies do gênero: Allamanda.

ALAMANDA


Nome científico;Allamanda cathartica L


Família; 
Apocynaceae.

Sinônimos botânicos;
Allamanda cathartica ‘grandiflora’ Aubl., Allamanda cathartica var. grandiflora (Aubl.) Bailey & C.P. Raffill., Allamanda cathartica var. Hendersonii (Bull. Ex Dombrain) L.H. Bailey & Raffill, Allamanda cathartica ‘williensi’ Hort., Allamanda grandiflora Lam., Allamanda hendersonii Bull ex Dombrain, Allamanda latifolia Presl


Outros nomes populares:alamanda-de-flor-grande, alamanda-de-flor-grande-amarela, buiussu (Belém), camendará, cipó-de-leite, comandara, comandau, dedal-de-dama, orélia, orélia-grandiflora, purga-de-quatro-pataca, quatro-pataca, quatro-pataca-amarela, santa-maria (Amazonas), sete-pataca;

Nomes em outros idiomas:common allamanda, yellow allamanda (ing); monette jaune, orélie de guyane, grelie, liane à lait; (fr); canário e cantiva (esp).

Constituintes químicos: glicosídeo cardiotóxico

Propriedades medicinais:
antitérmico, antitussígena, catártica, emética, hidragoga, laxante, purgativa, vermífuga.


Indicações:afecção do baço, cólica, cólica dos pintores, febre, intoxicação saturnina, piolho, sarna, tosse, vermes intestinais.

Indicações:
Parte utilizada:folhas, flores, látex, raiz.

Contra-indicações / cuidados: toda a planta é tóxica principalmente o látex.

Efeitos colaterais:
a ingestão em excesso e/ou intoxicação causam: náuseas, cãimbras de estômago, cólicas, desidratação, diarréia, dores abdominais, elevação da temperatura, erupção da pele, irritação nas mucosas, perda de potássio, sede, vômitos, Em alguns casos: choques provocados pela perda de líquido no organismo. Neste caso, levar imediatamente ao hospital. Em caso de ingestão de pequenas quantidades da folha, um bochecho com leite ou outro tipo de antiácido pode combater seus efeit os.


Modo de usar:
Uso externo:- infusão das folhas provoca vômito e tem propriedades purgativas: vermes intestinais.
- colocar na água para erradicar larvas de mosquito e pernilongos (carapanã);
- decocção de 10g de casca, flor ou raiz para cada litro de água: banhos contra sarna e piolho.
Uso interno: Somente sob prescrição e acompanhamento médico.
- o chá do látex resinoso que goteja por toda a planta e altamente venenoso. Medicinalmente é catártico e purgativo (em dose mínima) e emético violento (em dose mais elevada). Sua decocção, juntamente com a casca, é purgante hidragogo, contra os tumores do fígado e determinados vermes intestinais. Em dose ainda maior, atua como perigoso vomitivo, causando diarréia.
- flores e raízes: moléstias do baço. Seu suco é benéfico nos casos de intoxicação por chumbo;


Algumas espécies do gênero:Allamanda.

AJUGA


Nome científico; Ajuga reptans Hort.

Família:Lamiaceae.

Sinônimos botânicos;Ajuga repens.

Outros nomes populares:
ajugaíba, búgula, consolda média, erva-de-são-léo, erva-de-são-lourenço, erva-férrea, jujuba, língua-de-boi;


Nomes em outros idiomas;common bugle (ing); ajuga (esp); bugle (fr); consuelda media (casteliano).

Constituintes químicos:antocianinas, saponina, sais orgânicos, taninos

Propriedades medicinais:adstringente, amarga, anti-hemorroidal, antiinflamatória, aromática, carminativa, cicatrizante, colagoga, diurética, estomacal, febrífuga, hemostática, laxativa, narcótico (de efeito moderado), sedativa, tônica, vulnerária

Indicações:amigdalite, articulações inflamadas, constipação intestinal, disfunções biliares, disfunções da circulação sangüínea, efeitos do excesso de bebidas alcoólicas, feridas, fístulas, gangrenas, hemorragias, úlceras

Parte utilizada:planta toda.

Contra-indicações / cuidados:preferencialmente fazer uso externo, devido efeito narcótico moderado

Efeitos colaterais:em doses elevadas detecta-se efeito narcótico e tônico do coração

Modo de usar:- infusão da planta: hemorragias, disfunções da circulação sangüínea, disfunções biliares, constipação, efeitos do excesso de bebidas alcoólicas;
- decocção da planta: amigdalite.
- compressas: curar feridas, úlceras, gangrenas, fístulas e articulações inflamadas.
- raiz: maior poder adstringente.


Algumas espécies do gênero: Ajuga.

AJOWAN

Nome científico; Trachyspermum copticum (L.) Link.

Família:Apiaceae.

Sinônimos botânicos;Carum copticum (L.) Benth. & Hook. f. ex C.B. Clarke, Trachyspermum ammi (L.) Sprague ex Turrill

Outros nomes populares:orégano-semente, semente-de-orégano. Adiowan, ajowan,

Nomes em outros idipomas:indischer kümmel(ale), königskümmel (esp), ajowan (fr, hindu, ital.), ajwain, omam (ing), ajwain, bishop’s weed (ital.).

Constituintes químicos: alfa-pineno, cálcio, carboidratos, caroteno, ferro, fibras, fósforo, timol, gama-terpineno, limoneno, minerais, niacina, p-cimeno, proteínas, riboflavina, tiamina

Propriedades medicinais:afrodisíaca, antiasmática, anticatártica, antidiarréica, antiespasmódica, antimicrobiana, aromática, carminativa, desintoxicante, digestiva, estimulante físico e psíquico, expectorante, fungicida, tonificante, vermífuga.

Indicações:promover a digestão, aliviar gases, rins, nervos, fortalecer o sistema imunológico, combater infecções, indigestão, asma, dores espasmódicas do estômago e intestino, diarréia, auxiliar a respiração, resfriados, irritações e dores de garganta, bronquite, asma; bactérias, fungos e vermes intestinais, desintoxicante, prevenir a formação de pedras nos rins, aumentar a virilidade, curar problemas de ejaculação precoce.

Parte utilizada:folhas, sementes

Contra-indicações / cuidados:

Efeitos colaterais:

Modo de usar:- uma colher de chá cheia de ajowan em água morna e duas ou três pitadas de sal: dor ou cólica intestinal causadas por gases, indigestão ou infecção;
- infusão das sementes: diarréia, auxiliar a respiração, resfriado, irritação e dor de garganta, bronquite, asma, bactérias, fungos e vermes intestinais, desintoxicante; uso regular de folhas de ajowan previnem a formação de pedras nos rins (Índia);
- uma colher de chá de ajowan frito, misturado com mel e leite. Tomar antes de dormir. Aumenta a virilidade e cura problemas de ejaculação precoce (Índia).


Algumas espécies do gênero:Trachyspermum.

AIPÓ D'AGUA

Nome científico;
Apium australe Thouars

Família: Apiaceae.

Sinônimos botânicos;Apium.

Outros nomes populares: aipo-d'água, aipo-doce, aipo-do-rio-grande, aipo-dos-pântanos, ápio, celeri, salsão.

Constituintes químicos:
Supõe-se que os componentes sejam os mesmos da espécie similar A. graveolens (apiosídeo, limoneno, selineno, eudesmol, sedanolídeo, anidrido sedanólico; açúcares, manitol, pentosanas, ácidos glicérico, glicólico, málico, tartárico, fumárico, cumárico, caféico, ferúlico, químico, xiquímico; flavonóides (apiína), cumarinas (sesilina, isopimpenelina e appigravina), guaiacol, fenol cristalizado, sesquiterpenos, ácido palmítico, óleo resina).

Propriedades medicinais: - raiz e semente: estomáquica, aperitiva, vulnerária, diurética e anti-hidrópica; - folha: resolutiva, peitoral, depurativa, expectorante, febrífuga, antiinflamatória, tônica, antiartrítica, anti-reumática, carminativa, emenagoga (salada), excitante, antiescorbútica, alcalinizante, antitérmica, antiasmática, antianêmica.

 Indicações: - folhas e sementes: afecções febris, asma úmida, bronquite, bronquite asmática, catarro pulmonar, colite, contusões, disenteria, ferimentos, gonorréia, gota, hepatite, laringite, litíase vesicular, nefrite, retenção de urina, úlceras de difícil cicatrização; - raiz: cálculos do fígado, icterícia. 

Parte utilizada: raízes, preferencialmente frescas, folhas e sementes.

Contra-indicações / cuidados: não deve ser utilizada por pessoas portadoras de inflamações renais e diabéticos, sob a forma de saladas.

Efeitos colaterais:

Modo de usar: - infusão de 1 colher das de sopa de raízes ou folhas verdes por litro d'água. Tomar 3 xícaras ao dia; - infusão ou decocção de 30g de folhas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia (disenteria, colites e anemias).
Para a bronquite asmática, adoçar com mel e tomar diariamente pela manhã, em jejum. - infusão ou decocção de 25g de raiz ou sementes em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia:
Laringite e bronquite; - suco das folhas: 1 xícara ao dia, dividida em 3 a 4 vezes:
Nefrite, hepatite, afecções febris; - pó das raízes secas e moídas: polvilhar 2 vezes ao dia sobre úlceras rebeldes; - cataplasma em ferimentos e contusões: aplicar 2 vezes ao dia a folha sobre a região afetada; - infusão ou decocção a 2,5%. Tomar 50 a 200ml/dia; - extrato fluido: 1 a 5ml/dia; - tintura: 5 a 25ml/dia. - elixir, vinho ou xarope: 20 a 100ml/dia. - pecíolo carnoso e as raízes carnosas são utilizados em saladas; - as folhas desidratadas e pulverizadas, são excelente condimento.

Obs.: o consumo regular reduz a eliminação de potássio do organismo, sendo indicado principalmente para atletas.

 Algumas espécies do gênero: Apium.