ORÁCULOS E TERAPIAS

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ANABI

Nome científico: 
Potalia amara Aubl. 

Família;

Sinônimos botânicos: 
Nicandra amara (Aubl.) Gmel.

Outros nomes populares:

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais: 
adstringente, mucilaginosa.

Indicações: A infusão dos ramos novos é anti-sifilítica e "o decocto das folhas, graças às suas propriedades adstringentes e muci-laginosas, é também útil contra as oftalmias ou conjuntivites e doenças das pálpebras". 

Parte utilizada:

Contra-indicações/cuidados:
CUIDADO:
TÓXICA.

Efeitos colaterais:
doses maiores que o indicado provoca vômito, sintomas de intoxicação.

Modo de usar:

Algumas espécies do gênero: 
Potalia. 

AMORA-PRETA

Nome científico:
Rubus brasiliensis Mart.

Família:
Rosaceae.

Sinônimos botânicos:
não encontrado.

Outros nomes populares:
amora-verde, amoreira-da-selva, amoreira-do-mato, framboesa-negra, sarca-amoreira.

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais:
adstringente, diurética, laxante.

Indicações:
diarréia de sangue, disenteria, enfermidade da cabeça, escorbuto, espasmo, febre inflamatória, icterícia.

Parte utilizada:

Contra-indicações/cuidados:

Efeitos colaterais:

Modo de usar:

Algumas espécies do gênero:
Rubus.

AMORA

Nome científico: 
Morus alba L.

Família:
Moráceas

Sinonímia popular: 
Amoreira (variedades negra e branca)

Sinonímia científica:
Morus nigra L.

Nomes em outros idiomas:
Alemão: maulbeerbaum; Espanhol: moral; Francês: murier; inglês: mulbery tree; Italiano: gelso

Parte usada:
Folhas, frutos, raízes, cascas

Propriedades terapêuticas:
Laxativa, sedativa, expectorante, refrescante, emoliente, calmante, diurética, antidiabético (variedade nigra), dor de dente, reduz pressão sanguínea, antiinflamatória, tônica.

Princípios ativos:
Morus Alba (branca):
adenina, proteína, sais, glicose, flavonóides, cumarina, taninos;
Morus nigra (preta):
Os frutos contém vitaminas A, B1, B2, C. Os frutos maduros contém 9% de açúcares (frutose e glicose), ácido málico (em estado livre 1,86%), matérias albuminóides e pectínicas, pectosa, goma e matérias corantes com 85% de água, adenina, glicose, asparagina, carbonato de cálcio, proteínas, tanino, cumarina, flavonóides, açúcares.

Indicações terapêuticas:
Dor de dente, pressão sanguínea, tosse, inapetência, prisão de ventre, inflamação da boca, febre, diabetes, dermatoses, eczema, erupções cutâneas
Frutos:tônico, laxante
Folhas: antibacteriana, expectorante,sudorífero
Cascas: anti-reumática,reduz a pressão sanguínea, analgésica
Cascas da raiz: sedativa, diurética, expectorante

Principios ativos: 

Uso medicinal: 
São conhecidas duas variedades alba e nigra. A segunda com frutos negros e a primeira com frutos brancos. No século XVI, na Europa, se empregavam tanto os frutos como a casca e as folhas da amora negra. O fruto para as inflamações e hemorragias, a casca para as dores de dentes e as folhas para as mordidas de cobra e também como antídoto de envenenamento por acônito. Apesar da amoreira estar desaparecendo da matéria médica na Europa, a amoreira branca segue sendo muito empregada na China como remédio para tosse, resfriados seguidos de febre, dor de cabeça, garganta irritada e pressão alta. Com o conceito chinês de yin e yang, a amoreira branca é empregada para dissipar o calor do canal do fígado, que pode levar a irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e também para refrescar o sangue. Portanto é considerada um tônico yin.
Na Europa recentemente tem-se empregado as folhas da amora negra para estimular a produção de insulina na diabetes.

Dosagem indicada: 
Inflamações da boca:
espremer alguns punhados de amoras, ainda que não totalmente maduras,recolhendo o líquido em uma tigela. Fazer bochechos freqüentes com este suco diluído em pouca água.
Dores de dentes:
Decocção: em fogo moderado, ferver 40g de raízes de amoreira em meio litro de água, até que fique reduzida à metade. Depois de morno, filtrar o líquido e empregá-lo em bochechos.
Diurético:
Infusão: deixar em infusão, até amornar, um punhado de folhas secas de amoreira em um litro de água fervente. Filtrar o líquido, bebendo-o em calicezinhos durante o dia para que produza efeito diurético.
Garganta, tosse:
Xarope:
esmagar ao máximo algumas amoras negras e recolher o suco em um recipiente de alumínio esmaltado ou de vidro. Adicionar açúcar numa quantidade que tenha o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando. Quando esta mistura adquirir a consistência de xarope, deixá-la esfriar e guardá-la num vidro bem fechado, conservando-o em local fresco e escuro. Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas colherinhas do xarope em um cálice de água morna, empregando-a em gargarejos.Em caso de tosse,dissolver uma colherinha do xarope em uma xícara de água quente e tomá-la.
Estômago(inapetência):
Decocção: ferver 20g de cascas de amoreira branca em meio litro de água. Filtrar o líquido e adoçá-lo, tomando-o em calicezinhos meia hora antes das refeições.
Intestinos (prisão de ventre):
Decocção (laxativa): em meio litro de água, ferver 15g de raiz e casca de amoreira misturadas. Quando o líquido ficar morno, filtrá-lo e adoçá-lo com mel. Beber metade pela manhã, em jejum, e o restante à noite, antes de deitar. Para obter-se um laxativo de efeito mais rápido, deve-se aumentar em até o dobro a quantidade de casca e raiz, ou seja 30g das cascas e raízes misturadas, regulando-se quantidade de acordo com as reações do organismo a este tipo de purgante. Também os frutos ingeridos frescos e temperados com um pouco de açúcar, especialmente da variedade negra, ajudam no funcionamento do intestino.
Pele (dermatoses, eczema, erupções cutâneas):
Cataplasma: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira, depois de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou duas colheres de água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze, esmagá-las um pouco fazendo sair todo o líquido e aplicá-las quentes (mas não ferventes) sobre a região afetada. Quando a compressa esfriar, renová-la mais duas vezes.
Pressão sanguínea alta:
Infusão: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira em meio litro de água fervente. Depois de morno,filtrar o líquido, bebê-lo em cálices no decorrer do mesmo dia em que foi preparado.
Febre: 40 a 80g de folhas por litro em infusão.
Diabetes:
Infusão: utilizando as folhas, 1 xícara 4 a 6 vezes ao dia.

Contra-indicações: 
Não se deve consumir o fruto em caso de diarréia. Não se deve administrar as folhas nem raízes no caso de debilidade ou "frio" pulmonares. Em caso de dúvida deve-se recorrer ao médico.

Curiosidades: 
A amora é cultivada pelas suas folhas que são o alimento exclusivo do bicho da seda.A cultura da amora se estendeu pelo mediterrâneo junto da qual se cria o bicho da seda.

AMOR-PERFEITO

Nome científico:
Viola tricolor L.

Família: 
Violáceas

Sinonímia popular:
Violeta-tricolor,violeta-de-três-cores, amor-perfeito-branco, flor-da-trindade

Nome em outros idiomas:
Alemão: stiefmütterchen; Francês: pensée du bois; Espanhol: pensamiento, trinitaria; Inglês: pansy; Italiano: viola del pensioero.

Parte usada:
A planta toda

Propriedades terapêuticas:
Antiinflamatória,expectorante,estimulante,sudorífica,diurética,depurativa, emoliente, antitumoral, laxante.Especialmente útil no tratamento do eczema úmido.Atua favoravelmente sobre os gânglios linfáticos.

Princípios ativos:
Flavonóides,Saponinas,Alcalóides,Taninos,Violarrutina,Violanina,Mucilagens,Resina,Glucosídeos, contém sobretudo um óleo essencial, a violaquercitrina-flavona, um metil éster do ácido salicílico.

Indicações terapêuticas:
É um reputado "depurativo", muito utilizado no tratamento de fundo de diversas afecções cutáneas: acné, eczemas, ictiosis, psoriasis, urticaria, herpes, icterícia,doenças cardíacas nervosas.
Gripe, resfriados, bronquitis.
Estados em que se requieram um aumento das diuresis: afecções genitourinarias (cistitis, ureteritis, uretritis, oliguria, urolitiasis), hiperazotemia, hiperuricemia, gota, hipertensão arterial, edemas, regimes acompanhado de retenção de líquidos.
Uso tópico: feridas e ulcerações dérmicas, bucais, blefarites, conjuntivites, estomatites, parodontopatías, faringites, dermatites, eritemas, plurito, vulvovaginitais.

Informações complementares.

Origem:
 Europa

Usos medicinais: 
É muito empregada desde os tempos remotos.Homero conta que os atenienses a utilizavam para moderar a ira. Utilizavam uma guirlanda de flores da Viola tricolor para prevenir dores de cabeça e enjôos. Os chineses utilizam a espécie Viola yedoensis de forma similar. Esta última também empregada em tratamento do eczema infantil grave em um hospital de Londres.
As folhas secas da Viola tricolor, pulverizadas ou misturadas com mel até formarem uma pomada, aplicadas sobre as feridas, ajudam a cicatrizá-las. Para curar infecções cutâneas, tratam-se as partes afetadas com compressas de gaze embebidas em uma infusão da planta. A decocção alivia também as dores reumatismais e trata as afecções de pele, dermatites e eczemas. A infusão, que também pode ser bebida, combate as afecções do sangue, a debilidade nervosa, o cansaço, as doenças cardíacas nervosas e icterícia, pois estimula o metabolismo.
Constitui um bom expectorante devido a seu alto conteúdo em saponinas e também tonificam e fortalecem os vasos sanguíneos.
Emprega-se como cosmético para limpeza de pele e como loção capilar contra a queda do cabelo. Serve para gargarejos. As raízes são eméticas.

Modo de usar: 
Infusão para uso geral: Prepara-se infusão de duas colheres de café por xícara de água fervente, deixe descansar por um quarto de hora. Adoçar com mel. Em virtude dos efeitos eméticos do amor-perfeito, desaconselha-se o aumento das doses.
Xarope: triturar uma colher média de flores secas e colocar em maceração durante uma hora em 250g de água fervendo. Filtrar. Dissolver a quente, sem ferver, 250g de açúcar. Tomar de 5 a 6 colherinhas ao dia.
Depurativo:
Infusão: macerar, por uma noite, 8gr de flores e folhas secas de amor-perfeito em um quarto de litro de água fria. Pela manhã, ferver tudo, adicionando 100gr de leite açucarado. Filtrar a bebida e ingeri-la em jejum. Continuar o procedimento por 3 semanas.
Feridas,chagas e úlceras:
Cataplasma: para favorecer a cicatrização, fazer compressas com flores e folhas frescas e esmagadas de amor-perfeito, misturadas com leite frio.
Infusão: por durante um quarto de hora uma colher de flores secas trituradas em uma xícara de água fervendo. Tomar de 2 a 3 vezes ao dia. Adoçar com mel.

Contra-indicações:
Não se deve administrar doses muito altas, já que a planta contém saponinas que podem produzir náuseas e vômitos. Seu uso como diurético na presença de hipertensão, cardiopatias ou insuficiência renal moderada e grave, só deve usar sobre prescrição e controle médico, ante el peligro que puede suponer el aporte incontrolado de líquidos, la posibilidad de que se produzca una descompensación tensional o, si la eliminación de potasio es considerable, una potenciación del efecto de los cardiotónicos.
Tener en cuenta el contenido alcohólico del extracto fluido, de la tintura y del jarabe.

Curiosidades: 
No livro de Shakespeare Sonho de uma noite de verão, o amor perfeito é a flor que Oberon pede a Puck encontrar para fazer adormecer Titânia.

AMOR-CRESCIDO

Nome científico:
Portulaca pilosa L

Família: 
Portulacaceae.

Sinônimos botânicos: 
Portulaca ehrenbergii Poelln., Portulaca foliosa DC., Portulaca gagatosperma Millsp., Portulaca karwinskii Fischer & Meyer, Portulaca mundula I.M. Johnst., Portulaca papulosa Schltdl. ex Poelln., Portulaca parvula A. Gray, Portulaca pilosa fo. mexicana D. Legrand, Portulaca teretifolia Kunth.

Outros nomes populares:
amor crescido, flor de seda, alecrim-de-são-josé

Características botânicas: O gênero Portulaca inclui plantas herbáceas, com folhas geralmente alternas, portando na axila tricomas muito ou pouco desenvolvidos e flores com duas sépalas, 4-5 pétalas livres, estames numerosos e ovário ínfero. A espéciePortulaca pilosa é caracterizada por apresentar tricomas axilares conspícuos, interaxilares e folhas lineares, hábito prostrado e flores purpúreas.

Constituintes químicos:
mucilagem, sais minerais, principalmente fósforo e potássio. 
A composição nutricional é semelhante a espécie Portulaca oleracea (ver beldroega). 
Análise alimentícia em g/100g de Portulaca oleracea: proteínas (1,60g), lipídeos (0,40g), carboidratos (2,50g), cálcio (140,00g), fósforo (493,00mg), ferro (3,25mg), retinol (250,00mg), vitamina B1 (20,00mg), vitamina B2 (100,00mg), niacina (0,50mg), vitamina C (26,80mg). (Franco, G., 1992). 

Propriedades medicinais:
diurético, hepato-protetor.

Indicações:
problemas estomacais, diurética , cicatrizante , analgésica e queda de cabelo. Também é indicada como hepato-protetor, contra diarréia, erisipela e queimadura. As folhas são utilizadas na forma de xampu para lavar e dar brilho aos cabelos.

Parte utilizada:
As Folhas. 

Contra-indicações/cuidados:

Efeitos colaterais:

Modo de usar: 
infusão e/ou sumo dos ramos.

Algumas espécies do gênero:
Portulaca.