ORÁCULOS E TERAPIAS

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AIPO

Nome científico;
Apium graveolens L.

Família:
Apiaceae.

Sinônimos botânicos;
Apium integrilobum Hayata, Apium vulgare Bubani, Carum graveolens (L.) Koso-Pol., Celeri graveolens (L.) Britton, Selinum graveolens (L.) Krause, Seseli graveolens Scop., Sium apium Roth, Sium graveolens (L.) Vest.

Outros nomes populares:
sansão, salsão-selvagem, aipo-do-rio-grande, aipo-d’água, aipo-doce, aipo-bravo, aipo-hortense, aipo-dos-pântanos, aipo-rebano, aipo-silvestre, celeri, ápio, aipo-cultivado;

Nomes em outros idiomas:
echter sellerie (alem.), apio (esp), céleri (fr), celery (ing), sedano (ital.).

Constituintes químicos:
ácidos (glicérico, glicólico, málico, tartárico, cumárico, caféico, ferrúlico, químico, xiquímico), açúcares, apéina e outros flavonóides, cálcio, carboidratos, cumarinas (sesilina, isopimpenelina, apigravina); ferro, fósforo, manitol, niacina, óleo essencial (apiósido, limoneno, sileneno, eudesmol, sedanólido, anidrido sedanônico), pentasonas, sódio, vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (kiboflavina ), C (ácido ascórbico).

Propriedades medicinais:
alcalinizante, antioxidante, antipalúdica, antipirético, aperiente, carminativa, depurativo do sangue, digestivo, diurético, emenagoga, estimulante, estomáquica, expectorante, febrífuga, levemente laxante, refrescante, tônica, tônico para o sistema nervoso.

Indicações:
ácido úrico, acidose, afecção febril, afonia, alivia a fadiga, anemia ferropriva e perniciosa, artrite, bronquite asmática, cálculo biliar, catarro pulmonar, chaga cancerosa, colite crônica, contusão, diminuir perda de potássio, disenteria, dismenorréia, distúrbio digestivo, diurese, escorbuto, escrofulose, estômago, fadiga, favorece a menstruação, ferimento, fígado, fortalecimento dos nervos, gás intestinal, gota, hepatite, icterícia, inapetência, intumescimento leitoso dos seios, laringite, malária, oftalmia, pneumonia, prevenção de escorbuto, proteção contra a xeroftalmia, reumatismo, rins (cólica, nefrite, cálculo), rouquidão, sarna, úlcera.

Parte utilizada:
raízes, folhas, talos, sementes.

Contra-indicações / cuidados: sob forma de saladas é contra indicado para diabéticos; não deve ser utilizada por pessoas com inflamação nos rins.

Efeitos colaterais:

Modo de usar:

Uso interno;
- saladas cruas, sopas, caldos, sucos, condimentos, maioneses;
- suco. 1 xícara ao dia, dividido em 3 ou 4 vezes: carminativo, diurético, febrífugo, tônico; anúria, dismenorréia, debilidades em geral, espectorante;
- suco com maçã: eliminar excesso de dióxido de carbono e vontade de comer doces;
- decocção de 30g de folhas frescas em 1 litro de água. Adoçar com 1 colher de mel, tomar diariamente pela manhã em jejum (bronquite asmática);
- decocção de 40g de raízes e ramos de aipo em litro de água por 10 minutos. Filtrar e beber três xícaras ao dia: gota, nefrite, reumatismo, cálculos na bexiga;
- decocção em fogo brando, 20g de raízes de aipo, 30 g de parietária e 30g de raízes de salsa em um litro de água, por 10 minutos. Deixar esfriar e filtrar. Beber três xícaras ao dia: fígado, cálculos nos rins;
- decocção de 100g de aipo em litro de água fria e ferver lentamente, por 20 minutos. Lavar os pés ou nas mãos, uma vez por dia, com o líquido ainda quente: frieiras;
- infusão de 1 colher de sopa de folhas verdes ou rizomas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras das de chá quente, diariamente;
- infusão de 15g de sementes em litro de água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Beber 3 xícaras ao dia: meteorismo intestinal e flatulência estomacal;
- xarope: corte em pedaços pequenos cinco gramas de raízes de aipo, cinco gramas de raízes de funcho, cinco gramas de raízes de aspargo, cinco gramas de raízes de salsa e cinco gramas de raízes de gilbarbeira. Colocar todas as raízes em um recípiente, com um litro de água fria. Deixar em maceração por 12 horas, filtrar, separando as raízes do líquido. Guarde o líquido. Colocar as raízes novamente no recipiente com 2 litros de água fria e deixe por mais 12 horas. Filtrar e misturá-lo ao primeiro, adicionando 2 quilos de açúcar. Colocar o xarope em fogo moderado, mexer constantemente, até o açúcar dissolver-se. Consumir 60g de xarope ao dia, em goles: depurativo;
Uso Externo:
- cataplasma em contusões e ferimentos: aplicar duas vezes ao dia na região afetada;
- raízes secas e moídas, polvilhadas sobre úlceras de difícil cicatrização duas vezes ao dia;


Algumas espécies do gênero:
Apium.

AGUAPÉ

Nome científico;

Eichhornia crassipes (Mart.) Solms


Família:
Pontederiaceae

Sinônimos botânicos;

Outros nomes populares:
aguapé-de-flor-roxa, baronesa, camalote, dama-do-lago, jacinto-d'água, murerê, mureru, muriru, murumuru, mururé-de-canudo, orelha-de-veado, orquídea-d'água, parecí, pavoã, rainha-dos-lagos

Constituintes químicos:
minerais da planta (1% do peso verde da planta): 28,7% de potassa, 21% de cloro, 12% de cal, 7% de anidrido fosfórico, 1,8% de soda, 1,28% de nitrogênio e 0,59% de magnésia.

Propriedades medicinais:
sedante, anafrodisíaca, refrescante, febrífuga, diurética

Indicações:
febre, hepatite, excitação nervosa, furúnculos, abcessos, rins.

Parte utilizada:
toda a planta.

Contra-indicações / cuidados:
não utilizar esta planta como medicamento se ela não tiver sido cultivada para este fim, em água de boa qualidade, pois ela absorve metais pesados de água poluída

Efeitos colaterais:

Modo de usar:
Decocção ou maceração das folhas em água para hepatite.
A mucilagem de aplica sobre furúnculos e abcessos.
A infusão das flores é utilizada como febrífuga e diurética.


Outros usos:
purificação de água contaminada, inclusive retirando metais pesados.
Proteção de ovos de peixes (raízes) e alimento aos alevinos.
Forrageira para bovinos e suínos.
Confecção de artesanatos.
Adubação verde.


Algumas espécies do gênero:
Eichhornia.

AGRIMÔNIA

Nome científico;

Agrimonia eupatoria L.

Família:
Rosaceae.

Sinônimos botânicos;
Agrimonia asiatica, Agrimonia bracteosa E. Mey., Agrimonia nepalensis D. Don

Outros nomes populares:
eupatória, erva-dos-gregos, erva-hepática;

Nomes em outro idiomas:
aigremoine (fr); agrimony, agrimont, church steeples, churchsteeples, cockleburr, philanthropos e sticklewort (ing); agrimonia e eupatorio (ital.); hierba de San Guillermo (esp); agrimonia, amores pequeños e amoricos (casteliano).

Constituintes químicos:
ácido salicílico; agrimofol; agrimondina; derivados floroglicinóis; elagitaninos; provitamina K; saponinas; taninos; vitamina B; agrimonina, agrimonolida; quercetina, fitosterina, eupatorina, traços de óleo essencial e de alcalóides; ácido ursólico

Propriedades medicinais:
adstringente, analgésica, antidiarréica, antiinflamatória, antimicrobiana, antivirótica, ansiolítica, calmante, cicatrizante, colagoga, colerética (moderada), depurativa, diurética, emenagoga (moderada), hemostática local, hiper-tensora, hipoglicêmica, relaxante, resolutiva, tônica, vermífuga, vulnerária

Indicações:
abscessos; amigdalite; anginas, asma bronquial, bronquite, cálculo renal; catarros bronquiais e intestinais, cistite; cólicas; conjuntivite, dermatite pruriginosa, diarréias, doenças do sangue; dores da garganta, enxaqueca; erupções cutâneas; esmagamento de tecidos, espinhas, estomatite, faringites, feridas escrofulosas; feridas de difícil cicatrização, gota; gastrite; hiperglicemia; hipotensão arterial; indigestão; inflamação dos olhos, garganta; laringite, manchas, mordedura de serpente, musculatura tensa e/ou dolorida; parasitas intestinais, sangramento pós-cirurgias dentária; parasitas intestinais; rachaduras na pele, ressecamento da pele; reumatismo, rinites alérgicas, rouquidão; sangramentos pós-cirúrgicos e pós-extração dentária, sardas; tuberculose pulmonar; úlceras, varizes, virose.

Terapia floral de Bach:
pessoas que exterioriza ânimo e paz (buscando o reconhecimento dos outros, sofrendo internamente) mas têm desequilíbrio oculto (as vezes até de si próprios) para encontrar a paz interna

Parte utilizada:
folhas, flores e sumidades floridas

Contra-indicações / cuidados:
a planta fresca tem intensa ação fotosensibilizante

Efeitos colaterais:
hipotensão arterial, arritmia, náuseas, vômito e até parada cardíaca

Modo de usar:

Uso interno:
Extrato fluido, dose máxima diária: 8 ml.
- infusão de 2 colheres de sopa, em 1 litro de água fervente. Tomar 3 xícaras do chá morno, diariamente;
- infusão de 20 g de folhas ou 30-50 g de flores por litro de água, três copos ao dia entre as refeições;
- Infusão de 50 g de folhas e sumidades floridas em um litro de água fervente, deixar esfriar. Beber três xicarazinhas ao dia: gripe, lesão interna, trauma, pancada;
- infusão de 50 g de folhas e sumidades floridas em litro de água fervente. Deixar esfriar. Beber três xicarazinhas ao dia, longe das refeições: úlcera renal, acidez gástrica;
- infusão de 50 g de folhas em meio litro de água fervente. Deixar amornar, adicionar uma colher pequena de mel, filtrar e consumir o líquido em calicezinhos, durante o dia: catarro intestinal;
Uso externo: compressas, lavagem, inalações, colutório, gargarejo.
- infusão de 60 gramas de folhas e sumidades floridas em meio litro de água fervente. Usar o líquido morno em bochechos freqüentes: inflamações na boca;
- decocção de 50 g de folhas secas em meio litro de água, adicionando uma colher de mel. garganta (fazer gargarejos com líquido morno e filtrado, pelo menos duas vezes ao dia: amidalites, inflamações); feridas; úlceras;
- compressas, gargarejos e bochechos: 5 a 6 colheres de sopa de flores ou folhas picadas em 1 litro de água fervente;
- cataplasma das: resolutivo e vulnerário.

Algumas espécies do gênero:
Agrimonia

AGRIÃO DA LAGOA

Nome científico;
Rorippa clandestina (Spreng.) J.F. Macbr.

Família:
Brassicaceae.

Sinônimos botânicos;
Cardamine clandestina (Spreng.) Kuntze, Nasturtium clandestinum Spreng., Nasturtium clandestinum var. brevistylum O.E. Schulz, Nasturtium pumilum Cambess.

Outros nomes populares:
abecedaria, acmela, agrião-bravo, agrião-da-ilha-de-franca, agrião-da-mata, agrião-do-mato, agrião-mouro, agrião-do-Pará, agrião-silvestre, berro-do-prato, botão-de-ouro, cardamina-do-prato, egrio, erva-do-esforço, erva-das-crianças, erva-de-malaca, jambo, jambo-açú, jambo-rana, malaca, mastruço, mastruço-do-Pará, nhambu, pimenta-da-costa, pimenta-do-Pará, rainúnculo-brasileiro

Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: antianêmica, antidispéptica, antiescorbútica, antiespasmódica, aromática, diurética, colagoga, descongestionante do baço, estomáquica, excitante, expectorante, estomacal, nevrálgica, sialagoga, tônica., vesicante.

Indicações:

Parte utilizada:
cálculos da bexiga, dor de dente, doença da boca e garganta, afta, fortalecer a gengiva.

Contra-indicações / cuidados:

Efeitos colaterais:

Modo de usar:

Algumas espécies do gênero:
Nasturtium.

AGRIÃO

Nome científico;
Nasturtium officinale R. Br.

Família:
Brassicaceae.

Sinônimos botânicos;
Cardamine fontana Lam., Nasturtium fontanum (Lam.) Asch., Radicula nasturtium-aquaticum Britt. & Rendle, Rorippa nasturtium-aquaticum (L.) Hayek, Rorippa nasturtium Beck, Sisymbrium nasturtium-aquaticum L.

Outros nomes populares:
agrião-d’agua-corrente, agrião-da-europa, agrião-da-fonte, agrião-da-ponte, agrião-de-lugares-úmidos, agrião-oficinal, berro, cardamia-jontana, cardomo-dos-rios, mastruço-dos-rios, saúde-do-corpo.

Nomes em outros idiomas:
Cresson (fr), water-cress (ing), crescione (ital.).

Constituintes químicos:
ácido ascórbico, ácido pantotênico, alanina, arginina, beta-caroteno, cobre, enxofre, ferro, fosfato, glicina, gluconasturtina, histidina, iodo, óleo essencial sulfo-azotado amargo e volátil (isosulfocyanato de allyla), potássio, taninos, pró-vitamina A, vitaminas A, C, B, K.

Propriedades medicinais:
adstringente, antiescorbútica, anti-icterícia, antiinflamatória, antitérmica, antitussígena, cicatrizante, depurativa, descongestionante, desintoxicante, despigmentadora, digestiva, diurética, excitante, expectorante, fluidificante, fortalecedora dos cabelos, restauradora, tônica.

Indicações:
abscessos, ácido úrico, amenorréia, anemia, anorexia, apetite (abrir), bócio, cabelos (caspa, fios e couro oleosos, fortalecer, quebradiços, estimular crescimento, evitar queda), cérebro (oxigenar), colecistite, colelitíase, colite (antiinflamatório), coração (debilidade, normalizar o ritmo), debilidade geral, dente (dor), depurativa, diabete, digestão (favorecer, laxativa, desordens), dismenorréia, dispepsia (com flatulência e azedume), diurético, escorbútica, escrofulose, estimulante, febre, feridas, fígado (disopilante, icterícia, problemas do), gengivas (fortalecer), hidropisia, intestino grosso (enfermidades), intestinos (atonia, catarro), memória (fortalecer), morféia, nicotina (antídoto, diminuir efeitos), pele (acnes, afecção, cansada, dermatose, descongestionar, frieiras, manchas, sardas, sem viço), pulmão (afecção brônquio-pulmonar, bronquite crônica, catarro, expectorante, tuberculose pulmonar), raquitismo, regular o equilíbrio hídrico do corpo, reumatismos, rins (anúria, uremia, litíase, pedras), salivação (aumentar), sarampo, secreções (aumentar), sífilis, sistema digestivo (irritado, inflamado, sangrando, colite ulcerativa), tabagismo, tônica, toxinas do corpo (limpar), transpiração (aumentar), unhas, varíola, vermes, vesícula (estase biliar), vias respiratórias (descongestionante), vias urinárias (cálculos, cistite).

Parte utilizada:
toda a planta.

Contra-indicações / cuidados:
mulheres no início da gestação. O agrião que cresce junto a águas paradas, pode transmitir tifo.

Efeitos colaterais:
pode causar irritações no estômago e nas vias urinárias de gestantes e em grandes quantidades pode provocar aborto

Modo de usar:
- compressas: manchas, sardas, acnes, descongestionar a pele;
- cremes, loções e compressas: frieiras nos pés, feridas, abscessos;
- cataplasma: cicatrização, eczemas, úlceras escorbúticas, escrofulosas etc.;
- decocção (único caso) de colherada de folhas frescas em uma xícara de água. Ferver, por três minutos, em fogo moderado, filtrar após dez minutos. Adicionar suco de limão, laranja ou tomate fresco. Beber em duas vezes, durante o dia: bronquite, depurativo, diurético;
- folhas e talos frescos em saladas: afecções dos brônquios, anemia, bócio, diabetes, digestivo, elimina o excesso de ácido úrico, escorbuto;
- infusão a frio de uma colher bem cheia de folhas e flores frescas em uma xícara de água. Deixar toda a noite. Espremer bem o agrião e filtrar. Beber a infusão pela manhã, em jejum;
- infusão, extratos ou tintura: bronquite, febre, escrofulose, raquitismo, hidropisia, icterícia, cistite, colites, problemas do fígado, anúria, tosses catarrais, tuberculose pulmonar, uremia, bócio;
- loção de 50g de suco de agrião e 10g de essência de amêndoas amargas: pele avermelhada devido ao vento ou ao sol;
- mastigar algumas folhas de agrião por dia, para ativar a salivação e reforçar as gengivas.
- suco com mel ou suco de abacaxi: bronquite, tosse, catarros, tuberculose pulmonar, eliminar os efeitos do fumo nos pulmões;
- suco puro, meio copo todos os dias: bronquite crônica;
- suco: esmagar em um pilão uma grande porção de folhas e talo frescos, colocar em um pano limpo, torcer e extrair todo o uso. Filtrar e consumir 40g por dia: escorbuto, febre persistente, icterícia;
- sopa (caldo verde), junto com outras ervas (tais como rúcula e couve);
- xampus, máscaras, condicionadores: cabelos;
- xarope de 250 gramas de agrião, uma clara de ovo e 350 gramas de açúcar.
Algumas espécies do gênero:
Nasturtium.

AGONIADA

Nome científico;
Plumeria lancifolia Muller Arg.

Família:
Apocynaceae.

Sinônimos botânicos;
Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.) Woodson

Outros nomes populares:
agonia, agonium, arapou, arapuê, arapuo, colônia, guina-mole, jasmim-manga, quina-branca, quina-mole, sacuíba, sucuba, sucuriba, sucuúba, tapioca, tapouca, tapuoca.

Constituintes químicos:
ácido plumérico, açúcares, agoniadina, fulvoplumerina, iridóides, óleos essenciais (farnesol, citranelol), plumerina; resinas.

Propriedades medicinais:
- casca: emenagoga e purgativa;
- látex da casca: anti-helmínticas, febrífugo;
- flores: lactescentes, galactagogas, antidepressiva, antiasmática, anti-sifilítica, emenagoga, purgativa, anticonceptiva, antiespasmódica, anti-helmíntica, desengurgitante (para adenites e gânglios supurados), febrífuga, galactagoga, laxante, reguladora dos ciclos menstruais, resolutiva, sedativa;
- folhas: antiasmática, antidepressiva, anti-sifilítica, galactagoga, emenagoga, febrífuga, purgativa.
- toda a planta: anti-inflamatório potente (do trato genital feminino); anti depressiva.


Indicações:
- casca: afecções estéricas, auxiliar da concepção, asma, clorose, doenças da pele, ingurgitamentos ganglionares, linfatites, regular menstruações, sífilis;
- látex da casca: febres intermitentes;
- flores: aumentar o leite materno, auxiliar da concepção, cólicas menstruais e uterinas, inflamações e congestão do útero e ovários, indisposições nas épocas menstruais, regularizar as menstruações, restaurar as forças dos órgãos genitais debilitados;
- folhas: adenite, amenorréias, asma, atonias gastro-intestinais, bronquite crônica, catarros crônicos, cólicas menstruais, cólicas uterinas, corrimentos vaginas, crise histérica, depresão, dismenorréias, doença de pele, espasmo, febres intermitentes, gânglios supurados, gases, inflamações de útero e ovários, ingurgitamentos gangrenares, irregularidades menstruais, menstruações difíceis, prisão de ventre, restaurar as forças dos órgãos genitais debilitados, vermes;
- toda a planta: anti depressiva, cólicas uterinas, inflamações do útero, cólicas menstruais.


Parte utilizada:
casca, látex da casca, flores.

Contra-indicações / cuidados:
uso não indicado durante a gestação e aleitamento materno, nem para crianças.

Efeitos colaterais:
o látex da casca, em doses elevadas, produz síncope, delíquio e até mesmo a morte

Modo de usar:
infusão de 5g a 20 g de folhas para 1 litro de água fervente, tomar 4 a 5 xícaras por dia, sem adoçantes;
- compressas das folhas cozidas sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças (Diz-se, que quem as emprega frequentemente, corre o risco de se tornar estéril); colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas;
- flores colocadas sobre os seios das parturientes: lactescentes, galactagogas;
- folhas cozidas colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas; sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças dos órgãos;
- extrato fluído de toda a planta: 1 colher das de chá 3 vezes/dia.


Algumas espécies do gênero:
Plumeria.

AGNOCASTO

Nome científico;
Vitex agnus-castus L.

Família:
Verbenaceae

Sinônimos botânicos;
não encontrado.

Outros nomes populares:
alecrim-de-angola, agno-casto, árvore-da-castidade, cordeiro-casto, flor-da-castidade, pimenteiro-silvestre.

Nomes em outros idiomas:
Agnocasto (esp, ital.), Arbre au poivre (fr), Chaste tree (ing), agnocasto, Ajerobo, casto, Jorobo, Gatillo e Sauzgatillo (castellano), Flor d’aloc e Simbla (catalán), Panjangusht (sánscrito), Ranukabija (hindu), Salitzuqui (vasco)

Constituintes químicos:
- 1,8-cineol, agnusídeo, alfa e beta-pineno, aucubino, bornil-acetato, casticana, eurostosídeo, isovitexina, limoneno, orientina, sabineno, viticineno.
- Sumidades floridas: flavonóides: casticina, homoorientina; glucsídos iridoídeos: aucubosídeo, agnosídeo; taninos, princípios amargos.
- Frutos: óleo essencial (0,5%) rico em cineol e pineno


Propriedades medicinais:
afrodisíaco, antidisentérico, antiestrogênico, antiinflamatório, anti-séptico, calmante, carminativo, diurético, emenagogo, espasmolítico, estimulante, estimulante da secreção de LH, expectorante, galactagogo, inibidor da secreção do hormônio FSH, inibidor da secreção de prolactina, sedante, vulnerario.

Indicações:
acne associada à tensão pré-menstrual, alterações bruscas de humor, amenorréia, bronquite, cefaléia, dor de estômago, diabete, diarréia, diminuir a irritação, dismenorréia, distonias neurovegetativas (ansiedade, insônia, palpitações, taquicardia, vertigens), doenças fibrocísticas das mamas, ejaculação involuntária, erisipela, espasmos gastrointestinais, feridas, equilibrar a secreção de hormônios femininos, espasmo, gases, gripe, diminuir a testosterona nos homens, hematúria, hemorróidas, incrementar a produção de progesterona nas mulheres, infertilidade feminina, inibir a produção de prolactina, meopausia, regular a produção de prolactina, regular a menstruação, reduzir os impulsos sexuais masculinos, resfriado, retenção de líquidos, reumatismo, síndrome pré-menstrual, sintomas da menopausa e da TPM, transtornos de hiperfoliculinemia ou hiperprolactinemia.

Parte utilizada:
frutos secos, flores.

Contra-indicações / cuidados:
gestantes, lactantes, mulheres que fazem tratamento hormonal, para quem tem défícit metabólicos de FSH

Efeitos colaterais:
erupções cutâneas moderadas e desarranjo intestinal em menos de 2% das mulheres durante o uso do agnocasto. Pode aumentar o fluxo menstrual e cefaléias

Modo de usar:
USO INTERNO:
- infusão: uma colher de sopa em 200ml de água fervente. Deixar 15 minutos. Tomar 2 a 4 vezes ao dia: diurético, antidisentérico, expectorante, hematúria, hemorróidas, diabete, problemas menstruais e de menopausa, lactação deficiente, ejaculação involuntária, reumatismo, diarréia, gastralgia, amenorréia, bronquite;
USO EXTERNO:
- infusão acima: banho de erisipela;
- compressa em torno do pescoso das folhas frescas moídas, misturadas com gordura, até virar uma pasta: gripe e resfriado.


Nota importante:
há controvérsias sobre a propriedade afrodisíaca masculina. Alguns autores consideram-na afrodisíaca, outros anafrodisíaca. Para as mulheres não há dúvidas de suas qualidades anafrodisíacas, daí seu nome "castus".

Algumas espécies do gênero:
Vitex.

AGAVE

Nome científico;Agave americana L.

Família:Agavaceae.

Sinônimos botânicos;Agave complicata Trel. ex Ochot., Agave felina Trel., Agave gracilispina Engelm. ex Trel., Agave melliflua Trel., Agave rasconensis Trel., Agave subzonata Trel., Agave zonata Trel. ex Bailey.

Outros nomes populares:pita, piteira, caroatá-açu, gravatá-açu, piteira, agave americana;

Nomes em outros idiomas: pite (fr); agave (ital.); sisal agave, american aloe, american century plant, century plant, miracle of nature e spiked aloe (ing); sisal (esp, fr); acíbara, alzabara, henequén, maguey, pita e pitera (casteliano), lu-sung-ma (chin), rakaspattah (hindu).

Constituintes químicos:saponina (hecogenina).

Propriedades medicinais:antiescorbútica, antisifilítica, antisséptica, depurativa do sangue, digestiva, diurética, estomáquica, expectorante, hemostática, hepática, laxante, resolutiva, vulnerária

Indicações:anemia, blefarite, catarros bronquiais, feridas, fígado, hemorragia, icterícia, inchaços das pernas, intestino (inflamação), irritações na pele, lavar os olhos (irritações, inflamação), lepra, manchas azuladas, queda de cabelo, rins, sacudidelas nos testículos e cordões espermáticos, seborréia, sífilis, tosses

Parte utilizada:folhas, raiz.

Contra-indicações / cuidados:mulheres grávidas ou que amamentam. É pouco tóxico por via oral, mas não pode ser aplicado por via endovenosa e nem por via subcutânea, intradérmica ou intramuscular

Efeitos colaterais:

Modo de usar:
- suco.
- raízes: antisifilíticas.
- folhas em infusão: bebida refrescante, hepático, digestivo, sífilis, lepra.
- externamente: lavar olhos irritados.
- suco fresco das folhas: resolutivo, irritações da pele, feridas e inchaços das pernas, manchas azuladas, sacudidelas nos testículos e cordões espermáticos;
- infusão: colocar em um copo uma ponta de faca de pó de agave e verter água fervente. Espere esfriar. Lavar os olhos (interna, externamente). É normal dar ardor no início da aplicação: blefarite;
- infusão de 30g de folhas dessecadas em um litro de água fervente. Adicionar uma colher de mel e consumir em calicezinhos, durante o dia: inflamações nos intestinos;
- infusão de 25g de folhas secas em meio litro de água. Fazer compressas mornas com gaze muito limpa: olhos (irritações e inflamações).
- infusão de 50g de rizomas e folhas em um litro de água fervente. Deixar repousar por 25 minutos. Beber três xicaras das pequenas ao dia: sífilis.
- decocção de 80g de rizoma e folhas em um litro de água, por dez minutos. Usar para lavagens dos cabelos: seborréia;
- maceração de 50g de filhas em um litro de água por um dia. Lavar os cabelos:queda de cabelo;
- maceração: colocar uma pitada de pó do suco condensado das folhas em meio cálice de água. Deixar repousar e usar para lavagens locais: supuração.
- tintura: colocar 10g de folhas frescas ou de rizoma em maceração, em 50g de álcool a 60º por 7 dias, Filtrar e administrar em doses nunca superiores a 16g diárias: depurativa, diurética;
- pó de agave: dessecar as folhas e reduzi-las a pó em um pilão. Tomar uma colherada ao dia, diluída em um pouco de água açucarada: fígado, rins, icterícia e anemia.


Algumas espécies do gênero:AGAVE.

AGÁRICO-BRANCO (Fungo)

Nome científico; Polyporus officinalis Fries.

Família:Polyporaceae.

Sinônimos botânicos;Boletus laricis Jacq., Boletus purgans Pers., Lariciformes officinalis (Vill. ex Fr.) Kotl. & Pouz.

Nomes em outros idiomas:white agaric, larch agaric, purging agaric (ing:).Polípero(Castelhano)

Constituintes químicos: agaricina, colesterina, álcool palmitílico, resina.

Propriedades medicinais:
Em pequenas doses, a agaricina é anhidrótico: paraliza as terminacões nervosas das glándulas sudoríparas. Em maiores doses atúa como laxante e purgante e como analéptico respiratorio.


Indicações:Hiperidrosis. Por vía interna é usado para o tratamiento de asma e de estress.

Parte utilizada:Fruta

Contra-indicações / cuidados:
A agaricina pode produzir inicialmente dores de cabeça, porem podem ser bem toleradas.
Em altas doses produz um efeito purgante drástico.

Efeitos colaterais:
em doses elevadas é laxante drástico

Modo de usar:- Infusão: 1 g por taça antes de dormir (para hiperhidrosis)
2 a 3 g como purgante.
Prescrever tratamentos curtos.

Algumas espécies do gênero:

AGAR-AGAR

Nome científico;Gelidium corneum L.
Família:Algae.

Sinônimos botânicos;

Outros nomes populares:

Constituintes químicos:
O agar-agar é um hidrocolóide extraído de algas marinhas que é largamente utilizado na indústria alimentícia. Entre as suas principais propriedades destacam-se seu alto poder gelificante, elevada força de gel a baixas concentrações, baixa viscosidade em solução, alta transparência, gel termo-reversível e temperaturas de fusão/gelificação bem definidas. O agar-agar é também utilizado em menor escala em diversas aplicações de outros setores industriais.

Propriedades medicinais:inibidor do apetite, laxante, protéico.

Indicações:
O gel de agar-agar tem a interessante propriedade de inibir a liquefaçãocaracterística que ocorre na ação enzimática de microorganismos. Estapropriedade encontra uma variedade de aplicações nas indústrias médicae farmacêutica onde o agar-agar é utilizado como substrato napreparação de meios de cultura bacteriana em microbiologia, comolaxativo e agente terapêutico no tratamento de disfunções digestivas,como agente retardador e carregador na administração de remédios,antibióticos e vitaminas, como agente de suspensão de sulfato de bárioem radiologia, como estabilizador de soluções de colesterol e comoagente de suspensão em diversos tipos de emulsões. O agar-agar encontraainda várias outras aplicações industriais onde um agente gelificantese faz necessário como em próteses dentárias, emulsões fotográficas,diferenciação de proteínas por eletroforese, cromatografia por exclusãode tamanho, moldagem de materiais e meios de cultura de tecido deplantas em biotecnologia

Parte utilizada:
folhas e raizes


Contra-indicações / cuidados:Gestantes, nutrizes e crianças até três anos somente devem consumir esse produto sob orientação de nutricionista ou médico.

Efeitos colaterais:

Modo de usar:
Insolúvel em água fria, porém, expande consideravelmente e absorve uma quantidadede água, cerca de vinte vezes o seu próprio peso, formando o gel não-absorvível, não-fermentável e com importante característica de seratóxico.

Algumas espécies do gênero

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ADONIS



Nome científico; Adonis vernalis L.

Família: Ranunculaceae

Sinônimos botânicos;Adonanthe vernalis (L.) Spach.

Outros nomes populares:adonis-da-primavera, Olhos do diabo

Nomes em outros idiomas:
Yellow adonis, false hellebore, ox-eye, peasant's eye e spring pheasant’s eye (ing), botón de oro (esp), adonis (fr), adonide primaverile (ital.). eléboro falso e ojo de perdiz (casteliano).

Constituintes químicos:
Heterósidos cardiotónicos tipo cardenólido (0,1-0,4%):flavonóides (adonivernitina), ácidos orgânicos, cimarósido, adonitoxósido, sais minerais, glucosídeos.

Propriedades medicinais:
cardiotônica, sedativa, vermífuga, emenagoga.antiarrítmicas y diuréticas, acción reforzada por la presencia de flavonoides.

Indicações:
insuficiência cardíaca congestiva, contração prematuras do músculo cardíaco, miocardite, taquicardia, arritmia, tosse, asma, epilepsia, cãibras, dor reumática.

Parte utilizada: parte aérea de planta com 3 anos (em maio)

Contra-indicações/cuidados:
gestantes, lactantes e crianças. Usar só sob prescrição médica. Ter cuidado especial no caso de portadores de gastrite e úlcera gastroduenal.Contra indicado para pessoas em tratamento com heterosídeos cardiotônicos, quinidina, laxantes antraquinónicos ou diuréticos tiazídicos (pode produzir potencialização de sua ação e em casos de sobredose, uma inversão do efeito cardiotónico).

Efeitos colaterais:
hipertonia gastrintestinal, perda de apetite, vômitos, diarréia, dor de cabeça

Modo de usar:-
infusão ou decocção a 1%, dose máxima diária: 100 ml;- extrato fluido, dose máxima diária: 60 gotas.

Algumas espécies do gênero; :Adonis.

AÇUCENA


Nome científico;Lilium candidum L.
Família:Aloeaceae.
Sinônimos botânicos;não encontrados.
Outros nomes populares:cajado-de-são-José, cebola-cecem, copo-de-leite, lírio-branco, lírio-dos-poetas.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: diurética, emoliente.analgésico e cicatrizante.
Indicações: - Bulbo: abscesos, furúnculos,contusão , callosidades. - Aceite: feridas, queimaduras, eczemas, ulcerações cutáneas, rachaduras nos pés, inflamações osteoarticulares, dor de ouvido, espasmo, queimadura, úlcera.
Parte utilizada:Os bubos e o azeite extraidos dele.
Contra-indicações / cuidados:Na ausencia de dados contrastados, recomendamos usar com precaução e administrar só por vía tópica.
Efeitos colaterais:
Modo de usar:Bulbo:- Extrato hidroglicólico (1:5), como emoliente.- Cataplasmas quentes, como resolutivo e calicida.Azeite, aplicado tópicamente sobre a zona a tratar.
Algumas espécies do gênero:Lilium.

ACÔNITO


Nome científico;Aconitum napellus L.
Família:Ranunculaceae.
Sinônimos botânicos;Aconitum vulgare, DC.; Aconitum variabile, Hayne. Espécies similares (tóxicas): Aconitum anthora, Aconitum arendsii, Aconitum charmantum, Aconitum fischeri, Aconitum fortunei, Aconitum kusnezoffii, Aconitum lycoctonum, Aconitum unciatum, Aconitum vulparia
Outros nomes populares:capacete-de-júpiter, capuz-de-frade, casco-de-júpiter, napelo. Acónito, anapelo, matalobos.
Nomes em outros idiomas:nabillo del diablo, napelo (castelhano); aconite, blue rocket, true monkshood, wolfsbane (ing); bachnag, mithazahar (hindú), casque de jupiter, (fr), ts'ao-wu, wu-t'ou (chin), aconito (ital.).
Constituintes químicos:alcalóides (0,3-1,2%): aconitina (30%), mesaconitina, neopelina, hipaconitina, napelina, napelonina; ácidos orgânicos: aconítico, cítrico, tartárico; colina.
Propriedades medicinais:analgéssico, anticongestiva, antiinflamatória, antipirético, antitussígino, cardiotônica, descongestionante (vasoconstrictor), diaforético, diurética, sedativa, sudorífera.
Indicações:asma, bronquite, congestão pulmonar, corisa, doença inflamatória, febre com delírios, feridas na pele, gota, gripe, hipertrofia do coração, laringite aguda, nevralgia facial, nevralgia lombociática e do trigênio, palpitação nervosa, pneumonia, reumatismo, tosse espasmódica, úlceras
Parte utilizada:raízes, raramente as folhas
Contra-indicações / cuidados:veneno de ação potente e rápida. O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do conteúdo de alcalóides. É muito venenosa não tocá-la quando efetuar a colheita. Aconselha-se, a utilização dos preparados farmacêuticos. Jamais usar na gravidez, lactação, em crianças, em combinações com álcool, sedantes, anti-histamínicos, hipnóticos, antidepressivos, espasmolíticos, pessoas com constipação, febre alta ou hipertensão. A dose letal é de 1 a 3 mg de aconitina (equivalente a 2 a 4 g de tubérculo fresco).
Efeitos colaterais:a intoxicação num primeiro momento trás excitação geral, com parestesia nos lábios, língua e garganta por bloqueio do trigênio. Depois alterações gastrointestinais: diarréia, vômitos e sialorréia. Em uma segunda fase se produz hipotermia e paralisia dos músculos respiratórios e bloqueio dos centros nervosos cardiorrespiratórios, que pode conduzir a la morte por asfixia em poucas horas.
Modo de usar:desenterram-se os tubérculos com as raízes jovens (verão ao princípio do outono). Depois de muitosbem limpos cortá-los no sentido do comprimento secá-los o mais rapidamente possível à sombra à temperatura de 40º C a 50º C.- nevralgias, doenças inflamatórias: tomar um copo de água com duas gotas de tintura-mãe, a cada duas horas
Algumas espécies do gênero;:Aconitum.
Nome científico;Aconitum napellus L.
Família:Ranunculaceae.
Sinônimos botânicos;Aconitum vulgare, DC.; Aconitum variabile, Hayne. Espécies similares (tóxicas): Aconitum anthora, Aconitum arendsii, Aconitum charmantum, Aconitum fischeri, Aconitum fortunei, Aconitum kusnezoffii, Aconitum lycoctonum, Aconitum unciatum, Aconitum vulparia
Outros nomes populares:capacete-de-júpiter, capuz-de-frade, casco-de-júpiter, napelo. Acónito, anapelo, matalobos.
Nomes em outros idiomas:nabillo del diablo, napelo (castelhano); aconite, blue rocket, true monkshood, wolfsbane (ing); bachnag, mithazahar (hindú), casque de jupiter, (fr), ts'ao-wu, wu-t'ou (chin), aconito (ital.).
Constituintes químicos:alcalóides (0,3-1,2%): aconitina (30%), mesaconitina, neopelina, hipaconitina, napelina, napelonina; ácidos orgânicos: aconítico, cítrico, tartárico; colina.
Propriedades medicinais:analgéssico, anticongestiva, antiinflamatória, antipirético, antitussígino, cardiotônica, descongestionante (vasoconstrictor), diaforético, diurética, sedativa, sudorífera.
Indicações:asma, bronquite, congestão pulmonar, corisa, doença inflamatória, febre com delírios, feridas na pele, gota, gripe, hipertrofia do coração, laringite aguda, nevralgia facial, nevralgia lombociática e do trigênio, palpitação nervosa, pneumonia, reumatismo, tosse espasmódica, úlceras
Parte utilizada:raízes, raramente as folhas
Contra-indicações / cuidados:veneno de ação potente e rápida. O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do conteúdo de alcalóides. É muito venenosa não tocá-la quando efetuar a colheita. Aconselha-se, a utilização dos preparados farmacêuticos. Jamais usar na gravidez, lactação, em crianças, em combinações com álcool, sedantes, anti-histamínicos, hipnóticos, antidepressivos, espasmolíticos, pessoas com constipação, febre alta ou hipertensão. A dose letal é de 1 a 3 mg de aconitina (equivalente a 2 a 4 g de tubérculo fresco).
Efeitos colaterais:a intoxicação num primeiro momento trás excitação geral, com parestesia nos lábios, língua e garganta por bloqueio do trigênio. Depois alterações gastrointestinais: diarréia, vômitos e sialorréia. Em uma segunda fase se produz hipotermia e paralisia dos músculos respiratórios e bloqueio dos centros nervosos cardiorrespiratórios, que pode conduzir a la morte por asfixia em poucas horas.
Modo de usar:desenterram-se os tubérculos com as raízes jovens (verão ao princípio do outono). Depois de muitosbem limpos cortá-los no sentido do comprimento secá-los o mais rapidamente possível à sombra à temperatura de 40º C a 50º C.- nevralgias, doenças inflamatórias: tomar um copo de água com duas gotas de tintura-mãe, a cada duas horas
Algumas espécies do gênero;:Aconitum.

AÇOITA-CAVALO




Nome científico;Luehea speciosa Willd. / Luehea divaricata Mart
Família:Tiliaceae.
Sinônimos botânicos;Luehea ferruginea Turcz.; Luehea platypetala A. Rich.; Luehea rufescens Benth.; Luehea tarapotina J.F. Macbr.
Outros nomes populares:envireira-do-campo, caa-abeti, ivantiji, ivitinga, mutamba-preta, ubatinga, uvatinga, ivatinga, cacauei, vacona-do-campo, papeá-guaçu.
Constituintes químicos:O presente trabalho relata os principais constituintes químicos isolados das cascas do caule e das folhas de L. divaricata, bem como a avaliação das atividades antifúngica, antibacteriana e antiproliferativa dos extratos brutos, e antibacteriana das frações do extrato das cascas do caule. .O estudo químico do extrato bruto metanólico das folhas resultou, em um primeiro momento, no isolamento do ácido 3b-p-hidroxibenzoil tormêntico (1), triterpeno com esqueleto básico dos ursenos, e de uma mistura cuja substância majoritária foi o ácido maslínico (2), triterpeno derivado dos oleanenos4. Posteriormente, foram isolados do mesmo extrato a vitexina (3), uma flavona C-glicosilada, e o esteróide glicopiranosilsitosterol (4). O flavonóide (-)-epicatequina (5), um flavan-3-ol, foi isolado do extrato bruto metanólico das cascas do caule. As estruturas das substâncias isoladas foram elucidadas com base nas análises dos dados espectrais de IV, EM, RMN de 1H e de 13C uni e bidimensionais e por comparação com dados da literatura.Eatudos elaboradospor: Júlio Cesar Akio TanakaI; Cleuza Conceição da Silva, Benedito Prado Dias Filho; Celso Vataru Nakamura(UEM); João Ernesto de Carvalho; Mary Ann Foglio(UniCamp)
Propriedades medicinais:depurativo.
Indicações:artrite, corrimento, disenteria, hemorragia, leucorréia, reumatismo, tumor.
Parte utilizada:
Contra-indicações / cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:
Algumas espécies do gênero:Luehea.

ACEROLA




Nome científico; Malpighia glabra L.
Família:Malpighiaceae.
Sinônimos botânicos;Malpighia biflora Poir., Malpighia fallax Salisb., Malpighia glabra var. acuminata A. Juss., Malpighia glabra var. antillana Urb. & Nied., Malpighia glabra var. guatemalensis Nied., Malpighia glabra var. lancifolia Nied., Malpighia glabra var. typica Nied., Malpighia glabra var. undulata (A. Juss.) Nied., Malpighia lucida Pav. ex A. Juss., Malpighia lucida Pav. ex Moric., Malpighia neumanniana A. Juss., Malpighia nitida Mill., Malpighia oxycocca var. biflora (Poir.) Nied., Malpighia peruviana Moric., Malpighia punicifolia L., Malpighia semeruco A. Juss., Malpighia undulata A. Juss., Malpighia uniflora Tussac.
Outros nomes populares:cereja-das-Antilhas, cereja-de-barbados,
Nome em outros idiomas:acerola (ing), cereza de Antilles (esp), cerise d'Antilles (fr), ciliegia di Antilles (ital.), acerola (alem.), Antilles cherry, Barbados cherry, cereso, cerezo, escobillo, health tree, huesito, Puerto Rican cherry, West Indian cherry.
Constituintes químicos:ácido ascórbico (2-4%); ácido l-málico; ácido pantotênico; betacaroteno; carboidratos; caroteno; dextrose; frutose; hesperidina e outros bioflavonóides; limoneno; mucilagem; niacina; proteínas 4 g%, pró-vitamina A; riboflavina; rutina, sais minerais (ferro, cálcio 12 mg %, flúor 11 mg%, fósforo, magnésio, potássio, sódio); sucrose; tiamina; vitamina B6; Vitamina C (1- 5 g/100 mL).
Propriedades medicinais:adstringente, antianêmica, antidiarréica, antiescorbútico, antifungal, antiinflamatória, aperiente, cicatrizante, mineralizante, nutritiva, vitaminizante.
Indicações: afecções da vesícula biliar, afecções do fígado; afecções pulmonares, anemia; auxiliar em tratamentos do fígado ou disenterias; carência de vitamina C, cicatrização de feridas; diabetes, dieta de lactentes, crianças e adolescentes, de gestantes e nutrizes e de pacientes desnutridos, convalescentes e em processo de desgaste físico; diminuir a ocorrência de doenças infecciosas e de dores musculares e articulares; disenteria; estomatite, fadiga, gravidez, gripes, hemorragias nasais e gengivais; hepatite virótica, infecção bucal, irritabilidade, melhorar o sistema imunológico; perda de apetite; poliomielite, previnir debilidade, resfriado, reumatismo, stress, tuberculose pulmonar, varicela. Como fitocosmético: hidratante capilar e condicionador capilar, protetor contra infecções. Pesquisas indicam o ácido escorbútikco contra o envelhecimento celular graças à sua ação antioxidante e sequestrante de radicais livres. Os sais minerais da acerola lhe oferecem a propriedade remineralizante em peles cansadas e estressadas. As mucilagens e proteínas são responsáveis pelas ações de hidratação e condicionamento capilar.
Parte utilizada: fruto.
Contra-indicações / cuidados:não encontrados na literatura consultada.
Efeitos colaterais:não encontrados na literatura consultada.
Modo de usar:Ao natural, como alimento, ou sob a forma de suco, 1 copo três vezes ou 4 vezes ao dia;Como ingrediente para a fabricação de geléias, marmeladas, compotas, licores e sorvetes;No enriquecimento vitamínico do suco de outras frutas;Na fabricação de cremes e loções para a pele e xampus para os cabelos;Fitocosmético: pós, cápsulas gelatinosas moles e duras, comprimidos e pastilhas;2 a 5% em xampus. 5 a 10% em cremes e loções.
Algumas espécies do gênero:Malpighia.

ACELGA



Nome científico; Beta vulgaris subsp. orientalis (Roth) Aell.
Família:Chenopodiaceae.
Sinônimos botânicos;Beta orientalis L.
Outros nomes populares:beterraba-branca.
Constituintes químicos:cálcio, ferro, fósforo, hidratos de carbono, potássio, proteínas, sódio, vitaminas A, B1, B2, B5, C e niacina.
Propriedades medicinais:
Indicações:anúria, ajudar a formação do esmalte dos dentes, asma, aumentar a resistência aos vasos sanguíneos, auxiliar o crescimento, auxiliar os movimentos intestinais, cálculos biliares, chagas, colecistite, cólicas hepáticas, cólicas renais, colite, conservar a pele e mucosas, contusões, dermatoses (eczema etc.), diabete melito, disúria, enfermidades do fígado, enterite; evitar problemas do aparelho digestivo, do sistema nervoso e da pele; feridas; fragilidade dos ossos e dentes; furúnculos, gastrite, gota, hemorragias intestinais, hemorróidas, infecções, nefrite, prisão-de-ventre, queimaduras, regimes de emagrecimento, reumatismo, úlceras, vista cansada, vômitos de sangue.
Parte utilizada:folhas, raiz.
Contra-indicações / cuidados:consumir moderadamente pois contem alto teor de oxalato que prejudica a absorção de cálcio.
Efeitos colaterais:
Modo de usar: - "in natura" em salada ou suco;- cozida ao vapor;- com limão: desinflamar os nervos (neurite), vigorizar o cérebro e fortalecer o estômago;- suco de acelga com igual parte de agrião: cálculos biliários. Tomar um copo, por dia, em jejum;- meio copo de suco de acelga e uma colher, das de sopa, de azeite de oliva: prisão-de-ventre;- decocção das folhas: enemas, inflamações da bexiga, prisão de ventre, hemorróidas, enfermidades da pele, gastrite, diarréias sanguinolentas, colite catarral, tenesmo (evacuação dolorosa), enterocolite, febre tifóide;- cozimento das folhas: inflamações viscerais, cistites, hemorróidas, doenças da pele (com comichão);- cataplasma das folhas: adenites, hemorróidas, feridas, úlceras etc.;- cataplasma das folhas cozidas: emoliente em abscesso, contusões, flegmões (inflamação de tecido conjutivo que fica sob a pele), furúnculos, queimaduras, feridas, úlceras, contusões, etc.;- decocção das raízes: enfermidades do fígado. Toma-se aos goles;- cataplasma da raiz cozida com camomila e casca de malva (triturados): estados febris (principalmente febre tifóide), enemas;- uma colher das de sopa de sementes tostadas e moídas em uma xícara de infusão de transagem: disenteria, metrorragia, poliúria.
Algumas espécies do gênero:Beta.

ACARIÇOBA




Nome científico;Hydrocotyle umbellata L.
Família:Apiaceae.
Sinônimos botânicos;Hydrocotyle umbellulata Michx, Hydrocotyle bonariensis Lam. Família: Apiaceae, Hydrocotyle petiolaris DC., Hydrocotyle polystachya var. Quinqueradiata Thouars ex A. Rich.Hydrocotyle chamaemorus var. citriodora Reiche, Hydrocotyle citriodora Ruiz & Pav., Hydrocotyle hazenii Rose, Hydrocotyle leucocephala var. truncatiloba Urb., Hydrocotyle maxonii Rose. Hydrocotyle leucocephala Cham. & Schltdl.
Outros nomes populares:acaricaba, acariroba, barbarosa, erva-do-capitão, cicuta-falsa, erva-capitão-da-miúda, orelha-de-onça-rasteira
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais:calmante, diurérico, hipotensor, tônico cerebral, anti-reumática, desobstruente do fígado e dos rins, purgativa, aperiente, anti-hidrópica, emética (em doses mínimas).
Indicações:a raiz é diurética e desobstruente do fígado. Em quantidades maiores passa a ser emética.doenças da pele. sardas, manchas dérmicas, erisipelas, escrófulas, sífilis, morféia, afecções tuberculosas
Parte utilizada: toda a planta.
Contra-indicações / cuidados:gestação. As folhas, em altas doses são tóxicas
Efeitos colaterais:
Modo de usar:O suco da planta: sardas e outras manchas dérmicas.Preparada em pasta, serve como masticatório.masticatório, erisipelas, escrófulas, sífilis, morféia, afecções tuberculosas
Algumas espécies do gênero:Hydrocotyle

ACAPURANA



Nome científico;Campsiandra laurifolia Benth.
Família: Fabaceae.
Sinônimos botânicos;Campsiandra rosea Poepp. & Endl., Campsiandra comosa var. laurifolia (Benth.) R.S. Cowan.
Outros nomes populares:acapú-do-igapó, manaiara (Pará), comandaçu, cumandá, comanda-açú, capoerana, acapurana-vermelha, acapurana-da-várzea, caacapoc, caacapoc-dos-aborigenes.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais:excitante, febrífugo, tônico.
Indicações:febre, ferida, impígen, malária, úlcera.
Parte utilizada: folha, casca, fruto.
Contra-indicações / cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:- infusão das folhas: malária, febrífugo, tônico, tratamento de febres;- decocção da casca: banho local de úlceras e feridas;- infusão dos frutos: uso local com sal e vinagre: impigens.
Algumas espécies do gênero:Campsiandra.

ACANTO


Nome científico;Acanthus mollis L.
Família:Acanthaceae.
Sinônimos botânicos;
Outros nomes populares:acanthus, pé-de-urso; acanthe (fr); acanthus, bear's breech (ing); acanto (ital.); acanto, ala de ángel, carnerona, hierba gigante (castellano); harcuch-kanta (hindú).
Constituintes químicos:ácidos orgânicos, glucídeos, mucílagens, princípio amargo, resinas, sais minerais, taninos.
Propriedades medicinais:adstringente, analgésico, antidiarréico, antiinflamatório, aperiente, emoliente, colerético, demulcente, detersiva, expectorante, laxante, vulnerário (cicatrizante).
Indicações:bronquite, colocistite, cololitíase, contusões, disfunção hepatobiliar, distrofias da mucosa vulvovaginal, eczema, estomatite, faringite, ferida, gripe, herpes, queimaduras, resfriado, rectocolite, vulvovaginite, regularizar o fluxo menstrual.
Parte utilizada: folhas
Contra-indicações / cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:interno (infusão ou decocção), externo (cataplasma, gargarejo, colutório, compressas, lavagem, irrigações vaginais).- infusão de uma grama de folhas secas e raizes em uma xícara de água fervente.- filtrar e beber em duas vezes, durante o dia: diarréia;- usar em feridas, após lavá-las com água e sabão: cicatrizante, adstringente;- infusão de folhas e flores abre o apetite, descarrega o fígado e regula a digestão.- decocção de 10g de folhas e raizes de acanto em 100 ml de água por 15 minutos. Gargarejo: inflamações na boca e garganta, estomatite; demulcente de tumores e cascas de feridas.- maceração de folhas bem picadas, para lavagem de feridas e colocar as folhas sobre as feridas inflamadas: demulcente, vulnerario (cicatrizante).Folhas: aperiente e laxante por vía interna, externamente em cataplasmas é antiinflamatorio.O suco da planta tratamento sintomático de herpes, queimaduras e contusões (analgésico).As sementes regularizam o ciclo menstrual.
Algumas espécies do gênero:Acanthus.

AÇAI


Nome científico;Euterpe oleracea Mart.
Família:Arecaceae.
Sinônimos botânicos;Catis martiana O.F. Cook, Euterpe badiocarpa Barb. Rodr., Euterpe beardii L.H. Bailey, Euterpe cuatrecasana Dugand
Outros nomes populares:açaí-do-pará, açaizeiro, assai, juçara, piná, palmito, uassai.
Constituintes químicos:A parte industrializável do fruto (epicarpo e mesocarpo) apresenta valor energético de 262 kcal/100g. Na bebida açaí, o valor energético depende da quantidade de água adicionada durante o processamento. Para o açaí do tipo médio ou regular, que contém entre 11% e 14% de sólidos totais, esse valor varia entre 72 kcal/100 g e 92 kcal/100 g. A bebida açaí é um alimento rico em lipídios, proteínas, potássio, cálcio, fósforo, sódio e magnésio.
Propriedades medicinais:adstringente, resolutivo, depurativo
Indicações:diarréia, fígado, icterícia, cirrose, anemia, vermes, hemorrágica.
Parte utilizada:
Contra-indicações / cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar: O açaizeiro fornece dois importantes produtos para a agroindústria da Amazônia Brasileira: o fruto e o palmito. O principal produto oriundo do fruto é uma bebida de consistência pastosa, denominada açaí. A consistência pastosa da bebida é devido aos elevados teores de amido (9,30%) e pectina (0,67%) encontrados na parte comestível do fruto. A bebida açaí é obtida com a adição de água durante o processamento dos frutos. Para cada quilograma de fruto processado, obtém-se de 450 g a 500 g de açaí. Dependendo, principalmente, da quantidade de água usada durante o processamento dos frutos, a bebida açaí recebe a seguinte classificação:Açaí grosso ou especial, quando apresenta teor de sólidos totais superior a 14%;Açaí médio ou regular, quando apresenta teor de sólidos totais entre 11% e 14%;Açaí fino ou popular, quando apresenta teor de sólidos totais entre 8% e 11%;Açaí integral, quando o produto é obtido sem adição de água e contém no, mínimo, 40% de sólidos totais.Na Amazônia Brasileira, em particular nos Estados do Pará e Amapá, a bebida açaí constitui-se em importante item da alimentação dos ribeirinhos e mesmo da população urbana. Nessa região, é consumido, na maioria dos casos, na refeição principal, puro ou misturado com farinha de mandioca. Em outras regiões do Brasil é consumido como bebida energética, geralmente misturado com xarope de guaraná e outras frutas tropicais. O açaí também é utilizado na formulação de sorvetes, geléias, iogurtes, licores, doces, bolos, pudins e bombons de chocolate com recheio de polpa da fruta.
Algumas espécies do gênero:Euterpe.
Origem e distribuição geográfica:O açaizeiro tem como centro de origem a Amazônia Oriental Brasileira, mais precisamente a região do estuário do Rio Amazonas. No estuário do grande rio, são encontradas densas e diversificadas populações naturais, com variações bem acentuadas no que concerne às características morfológicas, fenológicas, fisiológicas e agronômicas das plantas. As variações encontradas dentro das populações, normalmente, são mais expressivas que entre as populações.No Brasil, ocorre em estado nativo no Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. É também encontrado, espontaneamente, na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Panamá, Equador, Panamá, Equador e Trinidad. Nesses países, a espécie é pouco explorada, por ocorrer em baixa freqüência e com poucos indivíduos por hectare.
Descrição da planta:É uma palmeira multicaule, com até 25 estipes por touceira. Os estipes, nos indivíduos adultos, apresentam altura e diâmetro variando entre 3 m e 20 m e entre 7 cm e 18 cm, respectivamente. Cada estipe sustenta, em sua porção terminal, um conjunto de 8 a 14 folhas compostas, pinadas e de arranjo espiralado, com 40 a 80 pares de folíolos, opostos ou subopostos. A inflorescência do açaizeiro é infrafoliar e disposta quase horizontalmente. Nos dois primeiros terços de cada ráquila as flores estão dispostas em tríades, com cada flor feminina ladeada por duas flores masculinas. No terço terminal das ráquilas encontra-se, normalmente, somente flores masculinas. As inflorescências apresentam, em média, 80,5% de flores masculinas e 19,5% de flores femininas. O fruto é uma drupa globosa, apresentando resíduos florais, com diâmetro variando entre 1 cm e 2 cm e peso médio de 1,5 g. O epicarpo, nos frutos maduros, apresenta coloração arroxeada quase preta ou verde, dependendo do tipo. O mesocarpo é polposo e delgado, com espessura quase sempre igual ou inferior a 1 mm e envolve o volumoso e duro endocarpo o qual contém em seu interior uma semente, com embrião diminuto e abundante endosperma ruminado.
Propagação:É propagado por sementes, as quais germinam entre 22 dias e 48 dias após a semeadura. As mudas estão aptas para serem plantadas no local definitivo, seis a oito meses após a semeadura.
Variedades e clones:Não existem variedades nem clones de açaizeiro devidamente caracterizados e avaliados. Nas populações naturais e nos pomares encontram-se diversos tipos que se distinguem entre si pelas seguintes características: cor e tamanho dos frutos, tamanho dos cachos, disposição das ráquilas, diâmetro dos estipes, número de estipes por touceira, entre outras. Os dois tipos mais comuns são: o açaí roxo, também denominado de açaí preto e o açaí branco. O primeiro apresenta frutos com coloração arroxeada, quase preta, quando completamente maduros; no segundo tipo, a coloração dos frutos, mesmo quando completamente maduros, é verde.
Clima e solo:Espécie tipicamente tropical, desenvolve-se melhor e apresenta maior produtividade em locais com tipos climáticos quentes e úmidos e com precipitação de chuvas superior a 1.800 mm, bem distribuídas nos meses do ano. Não é indicado o seu cultivo em áreas com temperaturas médias anuais inferiores a 21° C. Pode ser cultivado tanto em solos de terra firme como em solos de várzea. A espécie dispõe de mecanismos adaptativos para sobreviver em solos com baixa tensão de oxigênio, no entanto, o seu cultivo em áreas permanentemente inundadas não é recomendado, pois o crescimento da planta e a produção de frutos são bastante afetados.
Espaçamento:O espaçamento indicado para a cultura é de 5 m x 5 m, com quatro plantas por touceira, o qual possibilita o estabelecimento de 1.600 plantas hectare. No plantio do açaizeiro em consórcio com o cupuaçuzeiro, a primeira espécie deve ser plantada no espaçamento de 5 m x 5 m e a segunda, no espaçamento de 10 m x 10 m. Nesse sistema, cada hectare comporta 400 cupuaçuzeiros e 100 touceiras de açaizeiro, cada uma manejada com quatro plantas.
Época de produção e produtividade: A produção de açaí, na microrregião de Belém, ocorre em todos os meses do ano, sendo, no entanto, insignificante, no período compreendido entre janeiro e julho. A safra se concentra no segundo semestre do ano, com maiores produções nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro (Figura 1). Aproximadamente, 76% da produção de frutos se verifica nesses meses. Nas demais regiões produtoras do Estado do Pará, o padrão de distribuição da produção é semelhante ao verificado em Belém, com exceção de alguns municípios situados na microrregião de Breves onde os picos de safra ocorrem, predominantemente, no primeiro semestre e a estação de baixa produção de frutos, no segundo. Esse padrão de distribuição da produção também é observado em alguns municípios do Estado do Amapá.O açaizeiro inicia seu ciclo de produção três anos e meio a quatro anos após o plantio. Os primeiros cachos produzidos são pequenos, raramente com peso superior a 5,0 kg. Dependendo das práticas de cultivo e de manejo adotados no pomar, a produtividade varia bastante. Em pomares bem conduzidos, é possível obter produtividade de até 20 toneladas de frutos por hectare, quando as plantas atingem idade igual ou superior a oito anos.
Fontes: Herbario - www.herbario.com.br EMBRAPA- www.cpatu.embrapa.brhttp//umbuzeiro.cnip.org.br/