ORÁCULOS E TERAPIAS

domingo, 5 de dezembro de 2010

ABIÚ


Nome científico:
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.

Família:
Sapotaceae.

Sinônimos botânicos;
Achras caimito Ruiz & Pav., Achras guapeba Casar., Guapeba brasiliensis Steud., Guapeba caimito (Ruiz & Pav.) Pierre, Guapeba lasiocarpa (Mart.) Pierre, Guapeba laurifolia Gomes, Labatia caimito (Ruiz & Pav.) Mart., Labatia lasiocarpa Mart., Labatia reticulata Mart., Lucuma caimito (Ruiz & Pav.) Roem. & Schult., Lucuma huallagae Standl. ex L.O. Williams, Lucuma lasiocarpa (Mart.) A. DC., Lucuma laurifolia (Gomes) A. DC., Lucuma laurifolia var. reticulata (Mart.) A. DC., Lucuma temare Kunth, Lucuma ternata Kunth, Pouteria caimito var. laurifolia (Gomes) Baehni, Pouteria lasiocarpa (Mart.) Radlk., Pouteria laurifolia (Gomes) Radlk., Pouteria leucophaea Baehni, Pouteria temare (Kunth) Aubrév., Richardella temare (Kunth) Pierre

Outros nomes populares:
caimito, abieiro, abi (agulha), guta, abiurana.

Origem:
Brasil - Região Amazônica.

Características da planta:
Árvore:de até 10 m de altura, tronco de casca áspera, copa densa e esgalhada. Folhas lisas e brilhantes. Flores de coloração amarelo-avermelhada.

Fruto:
De forma ovóide ou esférica, coloração amarela, casca lisa, apresentando látex leitoso que coagula em contato com ar. A polpa é translúcida, branca ou amarelada, mucilaginosa e doce. Encerra em seu interior de 1 a 4 sementes lisas e pretas.

Cultivo:
Cresce espontaneamente na Amazônia, adaptando -se para cultivo nas regiões litorâneas do Oiapoque (AP) até Santos. Cultivada em quase todo o país, prefere solos profundos e humosos. Multiplica-se por sementes, produzindo 200 frutos por árvore, podendo atingir até 1.000 frutos. O abieiro é uma planta tropical, originária da região amazônica próxima às encostas andinas do Peru e do oeste da parte amazônica brasileira.

A árvore e seu fruto, o abiu, são facilmente encontrados na forma silvestre por toda a Amazônia: alguns exemplares do abieiro fazem até parte da arborização urbana da região enfeitando praças de Manaus, sendo também encontrados nas cercanias de Belém.Apesar de ser mais conhecido na Amazônia, o abieiro cresce e frutifica em quase todo o Brasil litorâneo, por onde se espalhou sem pedir licençaA forma da fruta difere bastante de uma variedade para outra, podendo ocorrer frutos inteiramente redon-dos, ovais e alongados, todos eles do tamanho aproximado de um ovo grande de galinha ou de pata. Sua superfície é lisa e contém uma polpa gelatinosa, branca ou amarelada, às vezes adocicada, às vezes sem sabor e, às vezes, para o prazer de muitos, dulcíssima.

O cultivo do abieiro é aparentemente simples, exigindo pouca fertilidade da terra e poucos cuidados, exceto quando a planta ainda é nova.Com 3 anos de idade inicia a frutificação, que se avoluma bastante a partir do quinto ano. Sendo o abiu fruto generoso, de árvore bonita e de abundante frutificação, basta um único abieiro num quintal caseiro para suprir toda uma família, seus agregados e vizinhos, da delicadeza dos sabores da fruta.Apesar de todas as suas excelências e qualidades, o abieiro permanece, no Brasil, como árvore frutífera de quintal e de pomares não-comerciais.

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais:
adstrigente, amarga, desinfetante, emoliente, nutriente, tônico.

Indicações:
afecção pulmonar, anemia, diarréia, disenteria, dor de ouvido, febre, inflamação, malária, malária, otite, sapinho da boca de criança, terçol.

Parte utilizada:
Azeite das sementes, polpa, folhas.

Contra-indicações / cuidados:

Efeitos colaterais:

Modo de usar:
Inflamações - Aplicar localmente cataplasma do azeite extraído das sementes.

Otite - Pingar algumas gotas do azeite do caroço do abiu, morno, Infelizmente este azeite não é fácil achar no mercado.

Pulmões, doenças crônicas do - Fazer refeições com a polpa do abiu cozida em água e sal. Utilizar morno, inclusive o caldo, ao qual se pode adicionar mel. Este caldo com mel pode ser tomado ao longo do dia, às colherada.

Algumas espécies do gênero:
Pouteria

Curiosidades:
Para Eurico Teixeira, o abiu, além de delicioso, muitas vezes se transforma em verdadeiro símbolo da pátria por levar, como bandeira, suas cores principais - o verde e o amarelo - pois algumas variedades apresentam sobre a casca amarela várias estrias verdes, que riscam o fruto no sentido longitudinal.

A fruta é aproveitada quase sempre in natura podendo, porem, ser conservada até uma semana, quando refrigerada, ou então, processada como geléia.

Como fruta fresca, deve ser consumida exclusivamente quando estiver bem madura e amarela, pois, do contrário, sua casca libera um leite branco e viscoso que adere aos lábios, provocando uma sensação bastante desagradável. Por outro lado, esse mesmo látex e um outro - que sai da casca da árvore -são utilizados na produção de cola e de remédios caseiros.

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