ORÁCULOS E TERAPIAS

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ALCACHOFRA


Nome científico:
Cynara scolymus L.


Família:
Compostas


Sinonímia popular:
Alcachofra-hortense, cachofra


Nomes em outros idiomas:
Francês: artichaut
Inglês: artichoke
Italiano: carciofo
Alemão: artischocke
Espanhol: alcachofera


Parte usada:
Folhas, brácteas (cabeça), raízes


Propriedades terapêuticas:Antiesclerótico, digestiva

Princípios ativos:Cinarina(amargo cristalizável), Ácido cafeico, Pigmentos, Flavonóides(luteol), Glicosídeos, Cinarosídeos, Cinaropectina, Taninos, Mucilagens, Pró vitamina A, Vitamina C, Enzimas

Indicações terapêuticas:Psoríase, doenças das vias biliares e hepáticas, diabetes, icterícia, eczemas, erupções cutâneas, anemia, escorbuto, raquitismo, colesterol, hemorróidas, prostatite, uretrite, bronquite asmática, debilidade cardíaca, hepatite, colecistite

Origem:Planta européia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da Europa, na Ásia menor e ainda na América do Sul, principalmente no Brasil.

Uso medicinal:O suco fresco é utilizado externamente para tratar eczemas e erupções cutâneas. O consumo da cabeça de alcachofra é excelente para quem sofre de anemia, pois é uma fonte muito rica em ferro. Por ter ação digestiva, auxilia também na prisão de ventre. Combate o escorbuto e o raquitismo pelo conteúdo de suas vitaminas.
É portadora da enzima cinerase, que coagula o leite na fabricação de queijos. Possui como matérias minerais: cal, ácido silícico, óxido de ferro, cloreto de sódio, magnésio e ácido fosfórico, para aliviar os males gástricos e renais, diminuir o colesterol; grande auxiliar nos regimes de emagrecimento e no tratamento de hipertensão.
Considerada afrodisíaca e tônica.
Raiz e semente: combatem os corrimentos vaginais e os sangramentos em geral.
A alcachofra é um forte diurético e eliminador do ácido úrico. Atuando contra as perturbações digestivas e na má assimilação ocorridas em função de distúrbios hepáticos provocados pelo álcool e pelo impaludismo. Os resultados são muito bons em nefrites (inflamação dos rins. A casca da babosa em uso interno e em excesso provoca nefrite), e nos casos que necessitam de aumento da secreção biliar.
A água destilada de suas folhas, aplicadas nos cabelos, fortalece-os.
Emprego: recomendado nas doenças do fígado, vesícula biliar, colédoco e em todas as doenças dos órgãos do aparelho digestivo. Também são de grande utilidade nas alterações do metabolismo originadas por enfraquecimento ou insuficiência das funções renais. O alto teor de manganês apresenta utilizações dietéticas. Por isso é útil quando for necessária uma ativação dos fermentos, nas alterações do metabolismo celular e nos sintomas de deficiência da vitamina B (para quem é alcoólatra, ou bebe demasiadamente bebida alcoólica).
O preparo: suco fresco, infusão ou como saladas e legumes.
O chá das folhas da base da planta colhidas antes da floração é tônico, reconstituinte, curativo das afecções do fígado, da bílis, estômago, rins e bexiga.
Indicado para hipertensão, diabetes, tireóide, asma, pulmões, arteriosclerose e colesterol.
Uso: Colher as folhas e secar na sombra durante 8 dias. Com uma pequena parte fazer um copo de chá. Tomar 3 copos por semana durante três semanas. Intercalar 2 semanas.
Colagogos.


Dosagem indicadaEstimulante (hepático, vesicular e venal); artérias endurecidas; colesterol; diurético:
Coloque 1 colher (sopa) de folhas fatiadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 2 ou 3 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas fatiadas em xícara de álcool de cereais a 70%. Deixe em repouso por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluído em um pouco de água, antes das principais refeições.
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Inflamações rebeldes, anemia: Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente aferventadas(cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas semanas.
Nefrite: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.
Diabetes: Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.
Bronquite asmática: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.
Hemorróidas, prostatite e uretrite: Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.
Debilidade cardíaca: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.
Hepatite, colecistite, arterioesclerose: Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.
Diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.


Uso culinário Lave muito bem 1 cabeça de alcachofra, coloque em água suficiente para cozinhar adicionando 1 folha de louro. Deve ser consumida ao dente, isto é, nem moles nem duras.

Contra-indicações: 
Contra-indicado para alérgicos à alcachofra, quando há obstrução do canal biliar, gestantes e em fase de amamentação e pessoas que possuam fermentação intestinal.


Efeitos colaterais;
Não são conhecidos


Informações complementares: 
Alcachofra utilizado na fitoterapia por sua atividade no sistema hepatobiliar e metabólico simultaneamente. Ainda, segundo estudos farmacológicos pré-clínicos e clínicos, a alcachofra possui ação antioxidante, diurética, colerética, colagoga, hepatoprotetora e redutora do colesterol. A alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura originária da região do mediterrâneo, a qual tem seu extrato utilizado desde o século XVI. Hoje em dia, a utilização da alcachofra como fitoterápico é difundida globalmente. A alcachofra tem vários nutrientes e princípios ativos, sendo que os principais são ácido caféico, flavonóides, glicosídios, cinarina, pró-vitamina A, vitamina C, mucilagens e taninos.
Todos os medicamentos, inclusive os fitoterápicos, devem ser usados com orientação médica.
Higienizador do fígado e vesícula. Estimula o metabolismo das gorduras no sentido da queima e da eliminação; por isso o uso da injeção localizada do extrato de alcachofra para obesidade.
Fonte: Dálmio Moraes - Farmacêutico. Reportagem TVE. Programa Corpore Sano. Porto Alegre - RS.
(injeção localizada do extrato de alcachofra é indicado - OBS: O Jornal Hoje; Rede Globo 25/11/2004, salientou que este processo ainda não está cientificamente comprovado e que por este motivo, conforme epecialistas, a injeção localizada não teria efeitos sobre a gordura. Apresentou também pessoas que usaram a injeção e não obtiveram efeitos desejados - se você possui alguma experiência sobre o assunto envie para ser publicado nesta página e-mail)
Substâncias encontradas: inulina, açúcares, tanino e os fermentos inulase, invertase, coalho e cinarina (ácido di-cafeilquínico).
Vitaminas: A, B1, B2 e C.
Minerais: potássio, cálcio, magnésio e manganês (20 mg % ; a maior percentagem dentre todos os legumes e frutas até aqui pesquisados). 100g de alcachofra apresenta uma média de 50 calorias.
Ação: redutora da taxa de uréia e do colesterol do sangue, diurética, laxativa, depurativa, regulador de funções hepáticas na formação de bílis (colerético) e as funções antitóxicas. Também regula e facilita a saída de bílis (colagogo); regula sua formação. Ajuda nas alterações originadas por estases hepáticas, como pressões e dor no ventre, vômitos, enjôos, flatulência, vertigens, alterações intestinais (diarréia, prisão de ventre, atonia) e prurido retal. Exerce uma ação reguladora sobre os rins, devido a maior eliminação da água e das substâncias de refugo. Exerce um efeito protetor contra a arteriosclerose. 

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